O Arquivo Público do Estado de São Paulo, órgão vinculado à Casa Civil, o Ministério Público Federal e o Armazém Memória realizaram nesta terça-feira, 14, o Ato Público de Repatriação do Acervo do Brasil Nunca Mais e o início do projeto Brasil Nunca Mais Digital.
Estiveram no auditório da Procuradoria Regional da República, o secretário-chefe da Casa Civil do governo de São Paulo, Sidney Beraldo; Aurélio Virgílio Veiga Rios, subprocurador-geral da República; Carlos Alves Moura, da Comissão Brasileira de Justiça e Paz; Manoel João Francisco, presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs; Julio Murray, presidente do Conselho de Latino Americano de Igrejas; e Walter Altmann, moderador do Conselho Mundial de Igrejas.
Sidney Beraldo ressaltou a importância da iniciativa do Ministério Público Federal e demais entidades envolvidas e destacou a participação do governo estadual no projeto, por meio do Arquivo Público do Estado de São Paulo. “O Brasil Nunca Mais Digital vai permitir à sociedade tomar conhecimento do seu passado, das ações que foram empreendidas pelo próprio Estado contra a coletividade; ações que não podem se repetir”, afirmou o secretário.
O Brasil Nunca Mais Digital colocará na internet o acervo do projeto Brasil: Nunca Mais, formado por cópias em microfilme de 707 processos judiciais do Superior Tribunal Militar. Também serão digitalizados cerca de 4 mil documentos do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) sobre o mesmo tema.
Caberá ao Arquivo Público de São Paulo a digitalização de cerca de 1 milhão de páginas dos processos datados de 1961 a 1976, que contêm informações e evidências de violações dos direitos humanos praticadas por agentes do Estado durante a ditadura militar.
No evento, foram prestadas homenagens a algumas pessoas que se dedicaram a este projeto: Dom Paulo Evaristo Arns, Rev. Jaime Wright (in memoriam), Paulo Vannuchi e Eny Raimundo Moreira.
Iniciativa do Ministério Público Federal, Armazém Memória e do Arquivo Público do Estado de São Paulo, o Brasil Nunca Mais Digital conta com o apoio da OAB/RJ, do Center for Research Libraries (EUA), do Conselho Mundial de Igrejas (Suíça) e do Instituto de Políticas Relacionais.
Da Secretaria da Casa Civil