Aquicultura: cresce a demanda por peixes orgânicos

O Brasil ocupa, atualmente, o sexto lugar em produção orgânica

ter, 17/02/2009 - 15h08 | Do Portal do Governo

A demanda por peixes criados com critérios de aquicultura orgânica vem aumentando consideravelmente, afirma Mônica Mello, pesquisadora do Pólo Regional Centro-Sul / Piracicaba da Apta – Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio, vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Esse crescimento segue a tendência mundial que é de 20% ao ano, em média. O Brasil ocupa, atualmente, o sexto lugar em produção orgânica e já comemora a maior conscientização do consumidor sobre a importância da produção agrícola ambientalmente sustentável.

Na aquicultura orgânica, a criação de peixes ocorre com o fornecimento de alimentos naturais ou de ração orgânica, explica Mônica. Para isso, utilizamos preferencialmente alevinos ou pós-larvas provenientes de criações orgânicas e evita-se o uso de terapêuticos sintéticos, produtos químicos e organismos transgênicos.

As unidades de produção também não devem impactar o ambiente, explica a pesquisadora. “É proibida a utilização de áreas de relevância ambiental, a criação deve ser feita dentro da capacidade de suporte do ambiente natural. Entretanto, a produtividade natural pode ser aumentada com o emprego de fertilizantes orgânicos certificados ou em criações consorciadas com outras culturas”, enfatiza Mônica. Em média, o produto orgânico alcança valores entre 10 e 15% superiores ao convencional, revela.

A piscicultura orgânica é um importante nicho de mercado com boas chances de expansão e cresce continuamente o interesse mundial pelo pescado produzido sem compostos sintéticos ou por dietas fabricadas a partir de matéria-prima geneticamente modificada, afirma Mônica. “Apesar disso, a atividade ainda encontra barreiras dentro de sua própria cadeia produtiva, como a ausência de alimento orgânico produzido em escala comercial e um volume constante de pescado, que abasteça as plantas processadoras certificadas”, revela.

Mais detalhes sobre o assunto podem ser obtidos no artigo disponibilizado no site do Instituto de Pesca www.pesca.sp.gov.br.  

Da Secretaria de Agricultura e Abastecimento