Em sua terceira edição, a Feira de Negócios, promovida pelos alunos do Programa Educação para o Trabalho – PET, contou com muita criatividade, tanto na personalização dos estandes, decorados de acordo com o produto vendido, como nas formas de atrair os consumidores, que reuniram garotos-propagandas, vendedores ambulantes e até mascotes, como no caso de Weverton da Silva Pires, fantasiado de “Piu-piu” para ajudar o grupo. O evento, realizado no Centro de Esporte, Cultura e Lazer do PEFI (Parque Estadual Fontes do Ipiranga) na última quarta-feira (16), é a etapa do projeto educacional em que os participantes põem em prática os conceitos aprendidos em sala de aula.
O trabalho começa três meses antes, quando os adolescentes fazem pesquisas de campo e orçamentos para decidirem qual negócio realizar. A etapa inicial é geralmente a mais complicada, para o docente Antonio Carlos Nascimento. “Eles começam com várias idéias e precisam decidir um foco. Alguns chegam a repetir pesquisas para isso”, diz.
Em 25 estandes, os grupos apresentaram diversos produtos, como comidas, jogos e bijuterias. A maioria deles investiu na área gastronômica, baseados na falta de lanchonetes e restaurantes no local. Para enfrentar a concorrência, eles apresentaram opções para todos os paladares: pastel, cachorro-quente, mini-pizza, churrasco, yakissoba, doces. O preço dos materiais variava entre R$ 1 e R$ 5.
Para montar os negócios, os grupos receberam a ajuda financeira de R$ 100, mas segundo Nascimento, a maioria teve investimentos extras, da própria equipe. É o caso, por exemplo, da turma de Gislaine Juliana de Oliveira, que gastaram R$ 140, no total. “Vendemos misto-quente no intervalo para arrecadar o restante do dinheiro”, explica.
Resultados
Um dos resultados que a Feira de Negócios vem alcançando é estimular a atitude empreendedora nos adolescentes. De acordo com o monitor educacional, a proposta é incentivar os alunos a buscar desafios, mesmo sendo funcionários. “É uma maneira de prepará-los para o mercado de trabalho, apresentando também a opção de montar a própria empresa”, explica.
A ex-aluna Andreza Amaral Carvalho reconhece a importância da atividade para sua vida profissional. “Você aprende a trabalhar em grupo e lidar com diferentes opiniões”. Para ela, o programa em geral, a ajudou a melhorar sua comunicação e a ter uma visão mais empresarial.
A integrante da barraca de jogos, Bruna Martins já obteve progresso com o evento. Além de treinar a criatividade, ela ganhou mais iniciativa. “Aprendi a correr atrás do que quero e não esperar as coisas acontecerem”, conclui.
Sobre o PET O Programa Educação para o Trabalho – PET nasceu da parceria entre Seads, Coca-Cola Femsa e Senac com o objetivo de preparar adolescentes de baixa renda para o ambiente do trabalho. Nessa parceria, a Seads cede o espaço para as aulas e cadastra os alunos no Ação Jovem, programa que beneficia estudantes com uma bolsa-auxílio de R$ 60/mês. A Coca-Cola Femsa é responsável pela infra-estrutura, custeio e administração geral do programa. Já o SENAC realiza a capacitação técnica de todas as turmas. Os 5 (cinco) melhores alunos do Programa são convidados para estagiarem por seis meses na Coca-Cola Femsa.
Ana Garrido
Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social
(L.F.)
