Alunos da Universidade de São Paulo participam de hackathon na Esalq

Competição de estudantes reuniu equipes com soluções para maximizar produção e minimizar riscos das atividades agrícolas

sex, 12/07/2019 - 15h17 | Do Portal do Governo

A Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo, sediou a primeira edição do “AgroHack.USP” entre os dias 2 e 4 de julho. A competição, realizada em Piracicaba, reuniu estudantes da Esalq, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP de São Carlos e da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP de São Paulo.

Os alunos se dividiram em equipes na busca por soluções para maximizar a produção e minimizar os custos e os riscos das atividades agrícolas, florestais e da produção animal. Segundo o diretor da Esalq, professor Durval Dourado Neto, a iniciativa é fundamental para incentivar a prática empreendedora na academia.

“O evento estimula a inovação e, consequentemente, o empreendedorismo. Essa é uma nova vertente da sociedade, que leva o recém-formado a empreender e gerar empregos a partir de práticas inovadoras. A competição é um incentivo à inovação fomentado pela USP”, afirma o docente.

Integração

Um dos coordenadores da atividade, o presidente do USP CodeLab Butantã, João Francisco Daniel, acompanhou as ações no interior paulista. “Essa é uma ação que promove a integração entre os campi da USP, já que insere estudantes de diferentes unidades desenvolvendo e programando soluções inovadoras”, avalia.

“A relevância de abordarmos aqui o tema do agronegócio é enorme, pois o setor é um dos destaques da economia do País e realmente esse mercado tem muito espaço para novidades tecnológicas em automação, controle, previsão, entre outras áreas”, salienta João Francisco Daniel.

A Agência USP de Inovação, uma das apoiadoras do evento, foi representada pelo agente de inovação Paulo Gil, que destacou a relevância da ação em promover o desenvolvimento de novas ideias. “O Agro.Hack traz novas ideias dos jovens universitários que possam ser transferidas para o campo e o setor produtivo. Assim, surgem ideias que podem certamente se concretizar em novidades aplicadas para o setor agrícola”, diz.

Propostas

O Agro.Hack USP teve apoio da Esalq, Agência USP de Inovação, USPCodeLab e EsalqTec, que conta com os parceiros Santos Lab, Pecege, Lallemand e Logicalis. A competição premiou os três primeiros grupos.

As propostas vencedoras podem ser conhecidas a seguir:

1º lugar: Joint Hands

De acordo com o 2º Censo AgTech Brasil, 44% das startups agtech declaram que um dos maiores desafios é realizar a primeira venda. Por isso, nasceu a Joint Hands, uma incorporadora de startups que trabalha com certificação de inovações para o agronegócio, com objetivo de diminuir os riscos de produtores e empresas que contratam serviços de startups.

“Com serviço de inteligência, contemplamos pesquisa de mercado, estudo de ofertas, demandas e mercados futuros, assim com o mapeamento das agtechs em âmbito nacional, promovemos a certificação dos serviços e o tempo de vida do projeto. Ao receber esse selo, as startups incorporadas, em estágio inicial, poderão realizar as primeiras vendas com o CNPJ da incorporadora”, explica Wilton Lopes Felix Junior, aluno da Esalq e integrante da equipe vencedora. “Foi meu primeiro hackathon, fiquei muito surpreso com a interação as possibilidades de inovação”, acrescenta.

2º lugar: Hortfinder

Plataforma B2B de e-commerce para hortifrutis que conecta o produtor com o comprador, encurtando a supply chain e trazendo mais sustentabilidade e rastreabilidade para esse mercado. Segundo os integrantes do grupo, a proposta oferece cadeias curtas de comercialização, reduzindo o desperdício de maneira sustentável e garantindo a qualidade e preço justo ao comprador.

3º lugar: Agromerado

Plataforma de conexão de produtores rurais de pequeno e médio porte que não têm acesso à tecnologia de máquinas e equipamentos no campo. Esse agrupamento, embasado na localidade dos produtores, faria com que os agricultores ganhassem poder financeiro para poder alugar máquinas para o uso em conjunto.

Cada produtor poderia escolher seu tempo de uso necessário e ao conectar todos os produtores que usariam a máquina seria feito o match entre o aglomerado de produtores e o agente que oferta a máquina a ser alugada.