A cada semestre, estudantes do curso de Relações Internacionais da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Marília, participam de simulações para entender como funcionam reuniões diplomáticas e os debates sobre direitos humanos.
De modo inédito, no último mês, os reproduziram uma reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), atividade que amplia o conhecimento e desenvolve a oratória dos participantes. A simulação integra as ações do Grupo de Estudos e Pesquisa em Organizações Internacionais.
Além dos cinco países com cadeira permanente no órgão, como Rússia e França, os estudantes representaram outras dez nações, que foram eleitos para um “mandato” de dois anos. Durante os debates, o aluno-delegado defende o ponto de vista do país que representa. A diplomacia dá o tom dos debates. Após a análise das emendas, as propostas passam por votação.
O estudante Frederico di Palma foi um dos representantes da China durante o exercício. “A preparação foi basicamente uma leitura em relação às diretrizes sobre a política externa chinesa e o posicionamento da nação quanto ao tema. Foi muito benéfico eu poder me debruçar sobre a civilização chinesa e os ideais sobre direitos humanos, que são diferentes dos pressupostos ocidentais”, explica o aluno, em entrevista à TV Unesp.
Experiência
A aluna Hajar Jomaa foi uma das delegadas da Síria na simulação e destacou a importância da atividade. “Como sou de origem árabe, foi muito gratificante estar aqui e o fato de que toda a atenção estava voltada para o país, o que nos deu a possibilidade de demonstrar o que está ocorrendo no Oriente Médio”, salienta.
Representante da delegação dos Estados Unidos, Rafael Nascimento também esteve presente nos debates. “Essa participação é muito significativa justamente para entender o posicionamento norte-americano na política internacional, principalmente em relação aos direitos humanos e temas ligados à segurança internacional”, destaca o estudante.
“Achei que foi uma experiência engrandecedora porque a simulação da ONU foi nova. Felizmente, deu tudo certo e todos se prepararam muito bem”, destaca a aluna Lavínia Gonçalves, que também participou da simulação.
Após a atividade, os estudantes do Grupo de Estudos e Pesquisa em Organizações Internacionais reservam um tempo especial para uma avaliação sobre toda a dinâmica, uma experiência que vai além dos muros da universidade.
