Alunos da Poli montam escritório internacional

Os alunos do iPoli começaram as atividades de recepção de estrangeiros em janeiro de 2007

qui, 03/05/2007 - 18h30 | Do Portal do Governo

Em julho de 2006, depois de voltar de um intercâmbio pela Europa, alguns alunos da Escola Politécnica (Poli) da USP tiveram a idéia de montar por aqui um escritório nos moldes dos que encontraram no exterior: para alunos que querem estudar fora do país e os que já foram e voltaram se encontrarem e trocarem experiência. Nascia ali o Escritório Politécnico Internacional (iPoli), uma organização dos alunos da Poli.

Foi ainda acrescentada ao iPoli a função de recepcionar melhor os alunos estrangeiros que chegam no campus, em parceria com a Comissão de Relações Internacionais da Poli (CRInt-Poli). Em janeiro de 2007, com a chegada da primeira “leva” de estrangeiros, o escritório começou a operar.

O contato entre o estrangeiro e o iPoli começa quando a CRInt confirma a vinda do intercambista para o Brasil – a própria CRInt indica ao futuro aluno que existe uma associação de alunos que está disposta a ajudá-lo.

A partir deste momento, os integrantes do iPoli entram em contato com o futuro intercambista na língua de seu país e começa a “troca de figurinhas”, segundo Etienne Cartolano, mestrando em engenharia elétrica na Poli e integrante do grupo. A iPoli mobiliza-se então para receber o estudante diretamente no aeroporto e direcioná-lo para um alojamento confiável.

 

 

A recepção também conta com um guia, onde informações práticas são colocadas – como, por exemplo, preço de táxi e se é necessário tomar vacina para vir ao Brasil. Segundo Cartolano, os estrangeiros têm algumas dúvidas curiosas em relação ao país. O estudante relata o caso de uma alemã que, antes de vir para São Paulo, passou em uma loja de armas e perguntou o que precisava para a viagem. O vendedor lhe recomendou um spray de pimenta, e foi o que ela trouxe. Cartolano brinca: “eles têm medo de vir pra cá”.

 

Atividades

Devidamente alojados e recebidos, os intercambistas participam de um primeiro fim de semana de passeio – geralmente pelo centro da cidade de São Paulo. A partir de então, o iPoli vai ajudando na integração da vida acadêmica, evitando de que eles se fechem em grupos somente de estrangeiros.

No resto do ano, outras visitas são feitas. Este ano, o grupo já foi para o Núcleo da Pedra Grande (na Serra da Cantareira, Zona Norte de São Paulo) e pretende conhecer Brotas (SP) e Foz do Iguaçu (PR) até dezembro.

Visita ao Núcleo da Pedra Grande (Zona Norte de São Paulo) em um dos fins de semana de integração

Além das viagens, o iPoli participa de três grandes eventos ao longo do ano. O primeiro deles foi o Fórum Franco-Brasileiro de empresas e formação de engenheiros, promovido pelo consulado francês, que convidou o escritório para uma apresentação. O evento discutiu o problema do duplo diploma, pensando na validade da formação oferecida pelas escolas que oferecem este tipo de formação.

O segundo evento, a ser realizado no dia 22 de junho, é o Goutez la France. Este encontro tem a intenção de promover a cultura e a língua francesa no Brasil. O Fórum do Engenheiro Globalizado, o terceiro evento do qual o grupo faz parte, termina o ciclo com uma discussão entre alunos, empresas e universidades sobre a formação em engenharia.

Além dos eventos, o iPoli presta outros serviços aos politécnicos e estrangeiros. Uma espécie de newsletter com atividades culturais e oportunidades é enviada aos domingos para alunos cadastrados.

O Calendário traz uma agenda de oportunidades de intercâmbio cronologicamente organizadas, para que o aluno possa se planejar. No futuro, os integrantes do projeto pensam em expandir este calendário fazendo um dossiê sobre as universidades que oferecem vagas para intercâmbio.

Um banco de dados vai ser a novidade do iPoli para junho. A equipe fez uma compilação online de todos os alunos que já fizeram intercâmbio para o exterior e todos os que a Poli já recebeu. O banco deve ser dinâmico e frequentemente atualizado, sendo útil para a CRInt prestar contas às empresas e universidades que financiam bolsas no exterior – as entidades desejam saber o destino dos alunos que receberam apoio às suas viagens.

Missão

Segundo Cartolano, o iPoli foi criado como se fosse uma empresa e tem a função de promover a troca de experiências acadêmicas, profissionais e culturais entre estrangeiros e politécnicos. A missão da associação pode ser resumida em quatro tópicos: promoção da troca de experiências entre brasileiros e estrangeiros, incentivo a ida de novos politécnicos para o exterior, integração dos estrangeiros na vida acadêmica e facilitação do processo de intercâmbio.

Mais informações podem ser encontradas no site www.ipoli.com.br.

Da USP Online