Alunos da Etec de São José dos Campos estão classificados para competição de satélites

Jovens desenvolverão modelo programado para contar relâmpagos; equipamento será lançado no CubeDesign, organizado pelo Inpe

qui, 04/06/2020 - 14h18 | Do Portal do Governo
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Rafael César, Juno Higgeti e Vinicius Barnabé integram a equipe Alpha, uma das 10 finalistas na categoria CanSat

Desenvolver o protótipo de um nanossatélite para promover o estudo de tempestades violentas e oferecer soluções para prevenir acidentes é o desafio de uma equipe formada por três estudantes do curso técnico de Automação Industrial da Escola Técnica Estadual (Etec) Professora Ilza Nascimento Pintus, de São José dos Campos.

O trio foi selecionado entre os dez grupos finalistas na categoria CanSat da terceira edição do CubeDesign, competição latino-americana de desenvolvimento de nanossatélites organizada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Orientada pelo professor Marcos Mesquita, a equipe Alpha, formada pelos alunos Juno Higgeti, Rafael César e Vinicius Barnabé, deverá desenvolver um modelo de satélite para ser apresentado e lançado durante a competição.

O evento estava previsto para ocorrer em julho, na sede do Inpe, em São José dos Campos, mas, por conta das restrições causadas pela pandemia do novo coronavírus, foi adiado para o mesmo período do ano que vem.

Contagem de relâmpagos

A categoria CanSat (satélite de lata) é voltada para estudantes de graduação, Ensino Médio e Técnico. Nesta edição, o objetivo é promover o estudo de tempestades violentas e apresentar soluções para identificação e contagem de relâmpagos, prevenindo os riscos que as descargas elétricas podem gerar tanto em terra quanto em rotas aéreas.

Os protótipos podem ter de 10 a 12 centímetros de comprimento, por 5 a 6 centímetros de diâmetro. Devem cumprir quatro desafios: missão de contagem de relâmpagos, coleta de dados durante o voo, sobrevivência ao voo e pouso controlado. O lançamento é feito no campo de futebol usando como propulsão um foguete de garrafa PET, que permite ao satélite atingir uma altura mínima de 20 metros.

O aluno Juno Higgeti conta que a equipe está estudando a utilização de materiais leves, resistentes e de baixo custo para a construção do equipamento. “Estamos aproveitando o tempo livre da quarentena para desenvolver o sistema e a estrutura da composição, de modo que atenda aos requisitos básicos da categoria e alcance resultados ainda maiores como um diferencial para somar pontos na disputa”, ressalta.

Os interessados podem assistir, pela internet, ao vídeo de apresentação da equipe. Para o professor Marcos Mesquita, a competição é uma oportunidade de estimular nos jovens o interesse pelo setor espacial, além de despertar o aprendizado na prática.

“É um laboratório de múltiplas conexões, em que os estudantes trabalham conceitos de prototipagem, transmissão de dados, radiocontrole e mecânica. Tudo de forma integrada e sistemática. As provas são desafiadoras e as trocas de experiências com os outros competidores também ajudam a difundir conhecimentos na área espacial entre as novas gerações”, enfatiza o docente.