Alta nos juros bancários supera 2007, diz Procon

Órgão orienta evitar o rotativo do cartão de crédito e uso de cheque especial

seg, 22/12/2008 - 10h11 | Do Portal do Governo

O levantamento anual de taxas de juros realizada pela Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, constatou que o movimento das taxas médias, tanto do empréstimo pessoal quanto do cheque especial, foi fundamentalmente de alta, ao contrário do que ocorreu em 2007, marcado por relativa estabilidade. As variações positivas acompanharam, de certa forma, o movimento da taxa básica da economia, a Selic. 

O empréstimo pessoal registrou taxa média de 5,72% ao mês, um acréscimo de 0,40 ponto percentual em relação a 2007 (5,32%).  O Unibanco registrou maior valor, com 6,55%, e a Caixa Econômica Federal a menor, com 4,49%.

No caso do cheque especial, a cobrança foi de 8,73% ao mês, um aumento de 0,49 ponto percentual em comparação ao mesmo período de 2007. O Safra cobrou o maior juro mensal: 11,34%, e a Caixa Econômica teve a menor baixa, 7,59%

No início deste ano, o empréstimo pessoal apresentou taxas médias mensais superiores em relação a 2007. Ao longo do ano, registrou ascensão ininterrupta. Outubro foi o mês em que ocorreu a maior alta: 0,28 ponto percentual.

Mesma alta foi verificada no cheque especial e, embora sua trajetória de alta não tenha sido ininterrupta (houve variações negativas em março e outubro), os acréscimos foram mais vigorosos, especialmente a partir de abril, quando atingiu 0,29 ponto percentual.

 O órgão pesquisou dez instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco, e alerta o consumidor a:

  • Comparar as modalidades de crédito, não se deixando influenciar pela publicidade que promete vantagens e benefícios, nem sempre condizentes com a realidade
  • Analisar os juros, o prazo, as condições e todas as despesas de contratação
  • Evitar o rotativo do cartão de crédito e a utilização do limite do cheque especial, cujas taxas são altíssimas.

Do Procon