Alerta: 6 em cada 10 jovens não usam métodos de contracepção

Pesquisa do Programa Estadual de Saúde do Adolescente envolveu 454 mães adolescentes, seus bebês e os respectivos pais

qui, 02/06/2016 - 8h21 | Do Portal do Governo

Estudo desenvolvido pelo Programa Estadual de Saúde do Adolescente de São Paulo mostra que apenas 40% dos adolescentes utiliza métodos contraceptivos, como preservativos e anticoncepcional.

A pesquisa envolveu 454 mães adolescentes, seus bebês e os respectivos pais. Todas elas fizeram pré-natal e participavam de grupos e oficinas coordenadas por equipe multiprofissional da Casa do Adolescente. A idade média das participantes é de 17,5 anos, com início da vida sexual aos 15 anos. Já os parceiros tinham 22,4 anos, em média, porém, 1/3 deles ainda eram adolescentes.

Por se tratar de uma fase de formação emocional e intelectual da juventude paulista, a pesquisa também mostra que é necessário o incentivo para que os jovens adotem métodos contraceptivos não apenas para evitar uma eventual gravidez indesejada, mas também para coibir as ocorrências de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs).

Em relação ao número de filhos, 85% tiveram apenas um bebê, o que equivale a 388 adolescentes. Outras 57 foram mães de duas crianças (12,5%); sete tiveram três filhos (1,5%) e duas tiveram quatro filhos (0,4%). Apesar de já serem mães, 14% delas relataram desejo de engravidar.

O intervalo médio entre os partos foi de dois anos e 3/5 das adolescentes conceberam seus bebês por parto normal. O tamanho médio dos recém-nascidos foi de 3,1 kg e 48,3 centímetros. Apenas 4% nasceram prematuros e 8,1% abaixo do peso.

Quanto aos relacionamentos, 66,2% dos casais adolescentes viviam consensualmente e 10,5% das mães estavam casadas. Já as solteiras representam 20,8% do total e 1,7% eram viúvas. Oito em cada dez mães jovens recebiam ajuda da família materna e apenas 1/3 dos casais se sustentavam.

Metade das mães e de seus parceiros tinha oito anos de estudo ou mais, e cerca de 2% cursaram nível universitário. O analfabetismo foi encontrado em apenas 0,9% entre os pais dos bebês.

Do Portal do Governo do Estado