Alckmin preside posse de 198 delegados e 800 investigadores de polícia

Reforço no efetivo vai beneficiar a Capital, Grande São Paulo e as regiões de São José dos Campos, Campinas, Ribeirão Preto, Bauru, São José do Rio Pr

qui, 22/03/2001 - 15h02 | Do Portal do Governo


Reforço no efetivo vai beneficiar a Capital, Grande São Paulo e as regiões de São José dos Campos, Campinas, Ribeirão Preto, Bauru, São José do Rio Preto, Santos e Sorocaba

A cerimônia de posse dos novos 998 policiais civis, realizada na manhã desta quinta-feira, dia 22, no Palácio dos Bandeirantes, reuniu mais de três mil pessoas, entre policiais, seus familiares e demais autoridades. A concorrida solenidade foi a primeira presidida na sede do governo estadual pelo governador Geraldo Alckmin após a morte de Mário Covas. A cerimônia de posse, segundo Alckmin, ‘reforça o apoio do Estado a estes policiais que escolheram como profissão a difícil tarefa de combater a violência’.

O governador lembrou que o Governo tem o desafio de conseguir fazer o cumprimento da lei, preservar os direitos humanos e proteger a nossa população. ‘Para estas pessoas, que tiveram a coragem de transformar um desafio em profissão, nós fizemos esta solenidade. Não só para dar posse aos policiais, mas principalmente para cumprimentá-los aqui no Palácio, que é a casa do povo a quem eles irão defender daqui para frente.’

Alckmin também fez questão de destacar que os novos integrantes da Polícia Civil foram nomeados após aprovação em concurso público, ‘feito com absoluto rigor’, disse. Estes 198 delegados e os 800 investigadores empossados complementam o efetivo da Polícia Civil, que com as novas nomeações passa a ter 32.043 policiais. Anteriormente, o contingente da Polícia Militar já havia sido ampliado de 73 mil para 82 mil e deve chegar a 90 mil no próximo ano. Sem deixar de citar o governador Mário Covas, como mentor desta gestão, Alckmin fez um breve balanço das ações do Estado nestes seis anos de administração. ‘Temos o legado de Covas como princípio. Por isso o trabalho do Governo está baseado na austeridade, no respeito ao dinheiro público, na transparência e na qualidade do serviço que deve ser prestado ao cidadão, além da dedicação que devemos ter.’

Alckmin destacou os ganhos da polícia estadual nos últimos seis anos, quando foram investidos cerca de R$ 400 milhões em ações como compra de viaturas novas e equipadas, informatização, aperfeiçoamento técnico em telecomunicações e laboratórios. Também foram comprados 37 mil coletes à prova de bala, mais de 33 mil revólveres, mil pares de algemas, dez mil cassetetes, 18 mil tonfas (tipo de cassetete em ‘L’), 2,4 mil escudos, 2,2 mil capacetes, mais de 4,3 mil espingardas calibre 12, cem detectores de metais e 20,5 mil espargidores de gás, além de cartuchos de munição para os armamentos. Ele também citou o grande esforço feito na área penitenciária, destacando que os 55 mil presos existentes em 1995 no Estado, quando Covas assumiu o Governo, se transformaram em 95 mil após seis anos desta administração. ‘Isso não é motivo de alegria, mas é necessário. E é uma demonstração incontestável da ação e do esforço da Polícia, que vai ser implementada ainda mais.’

Sobre a construção de penitenciárias, o governador lembrou do esforço feito nesta gestão, que foi o maior de toda a história do Estado de São Paulo. ‘De 1946 a 1994, em quase 50 anos, São Paulo havia aberto 18 mil vagas no sistema penitenciário. Nos últimos seis anos foram abertas 22 mil novas vagas no Estado.’ Para o governador, o grande desafio ainda é tirar os presos das carceragens, por isso estão sendo construídos os Centros de Detenção Provisória, para os detentos que aguardam julgamento.

Atualmente, 23 carceragens já foram desativadas. ‘Uma tarefa que não vai ser só de um Governo, serão necessários vários. Mas está sendo enfrentada com rapidez e absoluto sucesso. Isso vai possibilitar que o delegado e o investigador exerçam a sua tarefa de polícia investigativa e judiciária.’ O governador concluiu que mesmo com dificuldades e limitações orçamentárias e financeiras, o Estado fez a opção de ampliar o efetivo da Polícia Civil.

O delegado-geral da Polícia Civil, Marco Antônio Desgualdo, falou da importância da realização da solenidade no Palácio do Governo. ‘Honra que a Polícia Civil terá para sempre registrada em sua memória.’ Desgualdo destacou que ‘são pessoas que escolheram estar na linha de frente do combate, tendo muitas vezes como escudo seu distintivo e como companheira sua arma. Estes profissionais têm a função de trabalhar pela paz na sociedade.’ O delegado enfatizou que estes profissionais também são pessoas comuns, ‘eles têm mães, mulheres, maridos, filhos, famílias, que como toda a sociedade dependem de seu trabalho. Estes familiares vivem apreensivos com o trabalho que escolheram para desempenhar’.

O secretário de Segurança Pública, Marco Vinicio Petrelluzzi, disse que este Governo tem a exata dimensão da importância do efetivo policial do Estado. ‘Os novos policiais têm a função de garantir a tranqüilidade da coletividade. E este é um trabalho penoso, árduo, e que muitas vezes não é reconhecido pela sociedade. E isso engrandece ainda mais a escolha feita por eles, servir mesmo sabendo que este serviço nem sempre será reconhecido.’

Efetivo será distribuído por todo Estado

Os 198 delegados vão atuar na Capital. Dos novos investigadores, 310 irão para as delegacias da Capital, 140 para as da Grande São Paulo e 250 para as seguintes regiões: São José dos Campos (60), Campinas (70), Ribeirão Preto (20), Bauru (10), São José do Rio Preto (10), Santos (60) e Sorocaba (20). Os policiais atuarão em departamentos especializados como Depatri (Departamento de Investigações sobre Crimes Patrimoniais), DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa Humana), Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos) e Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos). Todos foram aprovados em concurso público realizado em junho de 2000 e começam a atuar depois de terminarem o treinamento na Academia de Polícia.