Alckmin participa do 79º aniversário da Revolução Constitucionalista

Feriado honra a memória de milhares de brasileiros que perderam a vida em defesa dos princípios democráticos

sáb, 09/07/2011 - 9h00 | Do Portal do Governo

O governador Geraldo Alckmin participou neste sábado, 9, do aniversário de 79 anos da Revolução Constitucionalista de 1932. Do Exército Constitucionalista, participaram nove mil homens da Força Pública – atual Polícia Militar -, além de três mil militares do Exército e da Marinha. A estes, se uniram dezenas de milhares de voluntários civis, chamados de soldados voluntários, que lutaram em prol de uma Constituição Federal democrática.

“Esse é o dia maior dos brasileiros de São Paulo. A Revolução de 32 está na identidade do povo paulista que lutou por valores, por princípios para que o Brasil tivesse uma constituição, que fosse regido pela lei para que não tivéssemos ditadura, mas tivéssemos democracia, respeito as pessoas”, disse Alckmin.

A Revolução Constitucionalista deixou para as novas gerações uma história de civismo, patriotismo e o legado democrático de um povo. A revolução aconteceu devido à instauração do governo provisório, comandado por Getúlio Vargas, que ao invés de atender aos anseios democráticos da Revolução de 1930, manteve-se no poder com um regime ditatorial.

Em três meses de conflito, estima-se que milhares de brasileiros perderam a vida em defesa dos princípios democráticos e da soberania do povo brasileiro, materializada na Constituição.

História
No dia 23 de maio de 1932, uma grande manifestação em São Paulo, contra a ditadura Vargas, resultou em um conflito na Praça da República, esquina da Rua Barão de Itapetininga. Naquela ocasião, quatro brasileiros idealistas foram mortos por partidários da ditadura, foram eles: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. Das iniciais de seus nomes formou-se a sigla MMDC, sociedade secreta que preparou a luta armada contra a ditadura, e sustentou a mobilização paulista durante a Guerra, que se iniciou no dia 9 de julho daquele ano e terminou no armistício de 2 de outubro de 1932.

Símbolo da Revolução Constitucionalista de 1932, o Obelisco é o maior monumento da cidade e tem 72 metros de altura. A construção do monumento foi iniciada em 1947 e concluída em 1970. Tombado pelos conselhos Estadual e Municipal de Preservação de Patrimônio Histórico, o Mausoléu do Obelisco guarda os corpos dos estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo (o M.M.D.C.). A soma dos algarismos da obra é igual a nove, e são nove os degraus na entrada. A simbologia do monumento também está presente no desenho do gramado ao redor do Obelisco, que possui área de 1932 metros quadrados e forma um coração onde está enfincada a espada (símbolo do obelisco) que sagrou a vitória política, apesar da derrota militar dos paulistas.

Como parte das festividades referentes ao aniversário da Revolução Constitucionalista, além das tradicionais cerimônias de passagem de Comando do Exército Constitucionalista e homenagens às autoridades, haverá também desfile cívico militar, na Avenida Ibirapuera (em frente ao Obelisco), com a participação dos veteranos do MMDC, como são conhecidos os que lutaram na Revolução Constitucionalista, além do desfile de entidades civis, escolas, Guarda Municipal, representantes das Forças Armadas e as diversas Unidades da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Da Polícia Militar