Alckmin participa de cerimônia de 100 anos da Esalq

Escola é uma das principais responsáveis pelos avanços na área da agricultura no País

dom, 03/06/2001 - 16h32 | Do Portal do Governo


Escola é uma das principais responsáveis pelos avanços na área da agricultura no País

‘A Esalq é a melhor semente já plantada em terra paulista’, disse o governador Geraldo Alckmin, resumindo a importância da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, durante cerimônia em comemoração ao centenário da faculdade, que pertence à Universidade de São Paulo, neste domingo, dia 3, em Piracicaba.

Em homenagem, a sede do Governo do Estado foi transferida para o município neste final de semana. ‘Nesses 100 anos, a Esalq acompanhou de perto as transformações na agricultura do Estado e muitas vezes foi responsável por elas’, destacou o governador.

A solenidade reuniu professores, alunos, ex-alunos e autoridades, entre elas o ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, representando o presidente Fernando Henrique Cardoso. O ministro lembrou o pioneirismo da instituição e sua importância na posição que o País ocupa atualmente como o maior produtor de agricultura tropical do mundo.

O orador oficial do centenário da Esalq foi o secretário de Recursos Hídricos Saneamento e Obras de São Paulo, Mendes Thame, ex-professor da faculdade, que destacou a importância das pesquisas. ‘A Esalq é responsável pela nova concepção de agricultura para o desenvolvimento sustentável’, apontou. Ele informou que graças aos avanços concebidos pelos pesquisadores locais a produtividade da agricultura aumentou 40% nos últimos 20 anos, mesmo com a área plantada tendo diminuído 2%.

Várias homenagens foram prestadas, entre elas, a entrega dos Troféus do Centenário a professores que se destacaram nesses 100 anos e a outorga póstuma da Medalha Luiz de Queiroz ao professor Marcílio de Souza Dias, pesquisador da área de genética. No final da cerimônia, Alckmin plantou um ipê amarelo em homenagem ao governador Mário Covas, que segundo o reitor da USP, Jacques Marcovitch, simbolizava a sua resistência. O reitor também reiterou a disposição das universidades paulistas no projeto de criação de novos cursos, novos campi e na formação de professores para o ensino fundamental e médio. A Esalq também lançou o Livro do Centenário para lembrar a data.

A Esalq

Fundada em 1901, por iniciativa de Luiz Vicente de Souza Queiroz, que doou ao Governo do Estado a fazenda São João da Montanha para que lá se criasse uma escola agrícola, a Esalq chega ao ano 2001 com 1.350 alunos de graduação nos cursos de Engenharia Agronômica, Engenharia Florestal, Economia Agroindustrial e Ciências dos Alimentos, e 898 alunos em 27 cursos de pós-graduação. São 222 professores (208 com título de doutor ou acima) e 799 funcionários. Números bem diferentes de cem anos atrás, quando 11 alunos iniciaram seus estudos na então Escola Agrícola Prática de Piracicaba. Até 1934, a Escola fez parte da Secretaria de Agricultura e depois passou a integrar, como unidade fundadora, a Universidade de São Paulo.

Em 1931, a faculdade recebeu o nome atual, em homenagem ao seu idealizador. No ano de 1964 tiveram início os cursos de pós-graduação em nível de mestrado e, em 1970, em nível de doutorado. A área total do campus em Piracicaba é de 3.728 hectares, com área construída de mais de 180 mil metros quadrados, onde estão instalados 11 departamentos. A Esalq conta ainda com estações experimentais em Itatinga e Anhembi, na região de Botucatu, e em Anhumas, na região de Presidente Prudente, além de outra em Londrina, no Paraná, totalizando 6,6 mil hectares.

Simão Molinari