Alckmin inaugura dois novos centros socioeducativos da Fundação CASA na capital
Novas unidades foram construídas com base no novo modelo de descentralização do atendimento aos adolescentes autores de atos infracionais
No térreo, há salas de educação, um refeitório e consultórios médico e odontológico
No segundo piso, ficam os quartos dos jovens
Em termos arquitetônicos, as novas unidades do Jardim São Luiz parecem escolas
(Atualizado às 13h30)
O governador Geraldo Alckmin inaugurou nesta terça-feira, 2, dois centros socioeducativos da Fundação CASA no Jardim São Luiz, zona sul de São Paulo. A novas unidades foram construídas com base no novo modelo de descentralização do atendimento aos adolescentes autores de atos infracionais. Com mais estas duas casas, sobe para 57 a quantidade de centros socioeducativos construídos pelo Governo do Estado de São Paulo, desde 2006.
“Esse novo modelo permite que os adolescentes aqui da região fiquem aqui mesmo, perto da família, durante o trabalho de ressocialização. E, se ficar 30 dias aqui na Fundação CASA, está estudando porque tem aula regular da Secretaria da Educação, tem qualificação profissional, padaria, informática, administração, vários tipos de cursos, atividades culturais e atividades esportivas”, afirmou o governador.
Os dois centros do Jardim São Luiz foram projetados para atender 88 adolescentes em regime de internação – 44 jovens em cada unidade, que funcionarão separadas. Desse total, quatro vagas serão disponibilizadas aos jovens portadores de deficiência física. As unidades também contam com elevadores para facilitar a locomoção de deficientes.
“Com a descentralização dos centros socioeducativos no Estado, os adolescentes estão sendo beneficiados por ficarem próximos de suas famílias. Nestes centros pequenos, uma outra vantagem é o atendimento individualizado que eles recebem. São fatores importantes para recuperação dos jovens”, afirmou Berenice Giannella, presidente da CASA.
Arquitetura das casas
Em termos arquitetônicos, as novas unidades parecem escolas. Possuem três pavimentos. No primeiro, o térreo, há salas de educação, um refeitório e consultórios médico e odontológico. No segundo piso, ficam os quartos dos jovens. O terceiro pavimento conta com uma quadra poliesportiva e espaços para a visita de familiares.
Reformulação pedagógica
A Fundação CASA não mudou apenas na parte estrutural. Houve uma reformulação pedagógica voltada para o atendimento dos internos e outra, destinada aos funcionários.
Os jovens da Fundação CASA passam por um diagnóstico polidimensional e são trabalhados de acordo com um Plano Individual de Atendimento (PIA). Ele permite que as reais demandas que o jovem e sua família têm nas áreas social, de saúde e pedagógica sejam atendidas especificamente.
Todos os funcionários novos e os mais antigos são capacitados pela Escola para Formação e Capacitação Profissional da CASA (EFCP), que foi criada em 2006 para preparar os servidores e readequá-los à nova proposta de trabalho. Essa proposta prega o atendimento individualizado aos jovens, o respeito aos direitos humanos e a abertura à sociedade. Estas capacitações têm sido fundamentais para os resultados obtidos pela Fundação CASA.
Reincidência e rebelião despencaram na CASA
Por conta deste processo de descentralização, que prioriza o atendimento socioeducativo dos adolescentes próximas de suas residências, os índices de reincidência e a ocorrência de rebeliões despencaram.
A taxa de reincidência caiu de 29% (em 2006) para 12,8% (2011). No que tange às rebeliões, de 80 casos registrados em 2003, a Fundação registrou até o início de julho de deste ano somente uma rebelião.
Da Fundação CASA
