No programa Conversa com o Governador desta terça, 9, Geraldo Alckmin falou de novidades importantes no combate ao consumo do crack. “Vamos levar esperança para todas as famílias que sofrem com a dependência do crack”, disse. Essa ajuda virá por meio do programa Recomeço, uma oportunidade de mudança de vida para os dependentes químicos e seus familiares.
O Governo está levando para o interior a experiência implantada com sucesso na capital, no Cratod (Centro de Referência para o Álcool e Outras Drogas), no Bom Retiro. O centro reúne num mesmo local toda a equipe de saúde, leitos e também juiz, promotor, advogado e defensores públicos, para oferecer um atendimento mais completo e rápido às famílias. O modelo está sendo levado para Campinas.
O Estado tem hoje 910 leitos de retaguarda só para dependentes químicos e deve chegar a quase 1.220 até o final do ano. A internação e o tratamento são gratuitos. “É uma iniciativa pioneira no país”, diz o governador. Desde 21 de janeiro, quando começou o programa Recomeço na capital, até 9/04, foram feitas 503 internações hospitalares e mais de três mil acolhimentos em casa transitória ou comunidade terapêutica.
Alckmin adiantou que o programa será implantando em todo o Estado, em cidades como São José do Rio Preto, Santos, Jundiaí, Mogi das Cruzes e Cotia, começando em Campinas com uma importante parceria com a Prefeitura. Nos próximos dias será formalizada também uma parceria inédita com a Prefeitura de São Paulo.
Outra novidade é o cartão Recomeço, uma ajuda financeira para famílias mais necessitadas que tenham familiares dependentes. “É uma ajuda que o Governo do Estado vai dar às famílias dos dependentes químicos pra que elas possam fazer as internações voluntárias de seus entes em entidades especializadas que prestam serviço de acolhimento, tratamento e/ou reinserção social”, disse. A meta é que as primeiras famílias recebam o cartão Recomeço em 90 dias.
Alckmin também falou sobre o reforço para a segurança do Estado com a formatura de 1.489 novos soldados da Polícia Militar. Após treinamento rigoroso, com 12 meses de estudo, aulas teóricas e práticas e preparação física, os soldados já estão atuando no combate à criminalidade, na capital, Grande São Paulo, interior, no policiamento rodoviário e também nos Bombeiros.
Outra medida para melhorar a segurança no Estado é a retirada de presos de cadeias públicas dos distritos policiais, que estão sendo levados para os centros de detenção provisória. “Isso traz um duplo benefício, de um lado evita risco de fuga, rebeliões, e de outro, melhora o trabalho da polícia civil, que pode se dedicar integralmente ao seu trabalho de investigação e polícia judiciária no esclarecimento de crimes e na prisão de criminosos.”
Em 2011 e 2012, o Governo do Estado já desativou 29 cadeias e mais de dois mil presos foram enviados para as penitenciárias. Ainda existem perto de três mil presos homens e 1.400 mulheres. “Esperamos este ano zerar os homens, não ter mais preso em cadeia e as mulheres até o início de 2014”, disse Alckmin. A última cadeia desativada foi a de São Roque, onde 177 presos foram transferidos para o Centro de Detenção Provisória de Capela do Alto. A região de Sorocaba, Itapetininga e Itapeva já zerou presos em cadeia, o que vai acontecer em todo o Estado de São Paulo.
Do Portal do Governo do Estado
