Alckmin autoriza retomada das obras do hospital de Mogi das Cruzes

Hospital será ampliado e quadruplicará número de leitos

seg, 13/08/2001 - 16h16 | Do Portal do Governo

O governador Geraldo Alckmin autorizou, nesta segunda-feira, dia 13, a abertura de licitação para reforma e ampliação do Hospital Luzia de Pinho Melo, no município de Mogi das Cruzes, região da Grande São Paulo.

A concorrência pública para obra será publicada no Diário Oficial de terça-feira, dia 14, e o processo licitatório deve durar cerca de 90 dias. Em seguida, serão iniciadas as obras, que têm prazo previsto de 18 meses para conclusão. O investimento previsto é de R$ 13 milhões, além de outros R$ 9 milhões que serão gastos com equipamentos. ‘Dinheiro público tem que ser respeitado. Tem que ter economia, o melhor custo-benefício, absoluta austeridade. E esse projeto foi feito nessa linha de respeito ao dinheiro arrecadado com impostos’, afirmou Alckmin.

O Luzia de Pinho Melo começou a ser construído em agosto de 1993 e as obras foram paralisadas em dezembro do mesmo ano. Mesmo sem finalizar as obras, a unidade passou a atender à população. ‘Na realidade, tinha sido concluído apenas o andar térreo do hospital, o que permitiu instalar um ambulatório com 15 consultórios e um pronto-socorro. Hoje é o pronto-socorro que melhor atende a cidade e a região. Agora, passaremos a ter um hospital’, explicou o secretário estadual da Saúde, José da Silva Guedes.

O projeto original foi reformulado e modernizado para aproveitar melhor as instalações já existentes e ainda abrigar seis salas de centro cirúrgico, além de 20 leitos de UTI adulto, oito de UTI pediátrica, 50 de observação (para apoio) e 200 de internação. Com o andar superior e a ampliação do térreo, a construção terá 17,46 mil metros quadrados. ‘Hoje o hospital conta com 59 leitos, mas são leitos de observação que acabam sendo utilizados porque não há leitos de internação’, explicou o governador. Com a ampliação, o hospital quadruplica sua capacidade.

Alckmin informou também que, após a reforma, o hospital, que atualmente tem duas salas de cirurgia, terá nove, além de um novo centro cirúrgico. Também oferecerá diagnóstico por imagem, quimioterapia e ampliará de quatro para 23 o número de leitos de UTI. ‘Será um hospital de referência, de alta complexidade e tecnologia para a população de Mogi das Cruzes e região, totalmente gratuito, com atendimento 100% SUS (Sistema Único de Saúde)’, destacou Alckmin.

‘Quando estiver pronto, esse hospital continuará fazendo atendimento de emergência como faz hoje, só que com muito mais segurança, e também vai ampliar o atendimento’, destacou Guedes. O prefeito do município, Junji Abe (PSDB), lembrou que esta retomada é uma solicitação da população há 12 anos. ‘Essa obra representa o resgate do serviço público de Mogi das Cruzes e região’, afirmou.

Gerenciamento do Hospital Arnaldo Pezzuti será modernizado

O governador também assinou decreto para a reorganização do Hospital Arnaldo Pezzuti Cavalcanti, no distrito de Jundiapeba, também em Mogi das Cruzes. ‘Não são obras físicas, trata-se de uma reorganização sob o ponto de vista administrativo’, explicou Alckmin. ‘Anteriormente, esse era o hospital de hanseníase e se transformou no Hospital Geral. O Governo paulista deve gastar cerca de R$ 28 mil a mais por mês nessa reestruturação administrativa, mas não tem obra física’.

O secretário Guedes destacou que o Hospital Arnaldo Pezzuti Cavalcanti tem mais de cinqüenta anos de idade. E já vem operando como hospital geral, porém mantinha uma estrutura de organização antiga, do tempo que era hospital de hanseníase. ‘O decreto cria uma estrutura administrativa moderna para o hospital e isso vai facilitar o gerenciamento e possibilitar que ele cresça como Hospital Geral’, afirmou.

Um recorde: atual administração já acrescentou mais de 4,5 mil leitos hospitalares

Em seis anos e meio, o Governo paulista dobrou o número de leitos hospitalares existentes no Estado. Foram entregues 3.423 novos leitos, além de outros 1.155 reativados. Até o final de 2002, a atual administração totalizará 5.933 leitos hospitalares entregues. Um recorde na história de São Paulo.

Quando Mário Covas assumiu o Governo, em 1995, comprometeu-se a não iniciar novas obras antes de terminar as que estavam paralisadas, afinal, o dinheiro do povo havia sido investido nessas obras e não estava sendo beneficiado com elas.
Assim, a atual administração retomou as obras de 15 ‘esqueletos’ de hospitais, dos quais 13 estão na região da Grande São Paulo e dois no Interior. Todos em áreas carentes de assistência médico-hospitalar. Atualmente, 11 hospitais já foram concluídos e entregues à população. São eles: Itaim Paulista (220 leitos); Carapicuíba (220 leitos); Pirajussara (220 leitos); Pedreira (220 leitos); Grajaú (220 leitos); Itapecerica da Serra (172 leitos); Itaquaquecetuba (220 leitos); Guarulhos (320 leitos); Itapevi (220 leitos); Diadema (220 leitos) e Sumaré (270 leitos).

Outras quatro unidades tiveram as obras retomadas. Vila Alpina, com 220 leitos, e Santo André, com 350 leitos, têm conclusão prevista para o primeiro semestre de 2002. Vila Alpina, com 220 leitos, e Bauru, com 385, devem ser finalizados no fim de 2002. Alckmin lembrou que, do programa de Governo de Mário Covas, o único hospital que ainda não foi retomado, por questões de contrato, é o Hospital da Mulher.

A rede pública já existente também vem passando por reformas, ampliações e adequações. Foram reativados 600 leitos no Hospital do Servidor; 115 no Hospital Brigadeiro; 100 no Hospital do Mandaqui; 60 no Hospital do Ipiranga; 69 na Regional Sul; 40 no Hospital Nestor Goulart Reis; 15 na Regional de Assis; 98 no Guilherme Álvaro e 58 no Conjunto Hospitalar Sorocaba. Também foram criados mais 250 leitos no Hospital das Clínicas; 38 na Regional Sul; 15 no Padre Bento; 30 na Água Funda; 52 no CRT-Aids; 31 no Luzia de Pinha Melo; 120 no Clemente Ferreira (município de Lins); seis no de Promissão; 154 no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto; 73 no Leonor de Barros; 12 no Vila Penteado e 120 no Incor.

Cíntia Cury