Alckmin anuncia queda histórica no índice de mortalidade perinatal

Governador também faz visita à Maternidade Leonor Mendes de Barros, na zona leste da capital

qui, 17/02/2011 - 9h00 | Do Portal do Governo

(Atualizado às 13h30)

O governador Geraldo Alckmin anunciou nesta quinta-feira, 17, o índice de mortalidade perinatal do Estado, que chegou ao nível mais baixo da história. É o que aponta o mais recente balanço da Secretaria da Saúde, produzido em parceria com a Fundação Seade.

Segundo o novo boletim, a taxa de mortalidade perinatal, que se refere aos óbitos fetais a partir da 22ª semana de gestação até sete dias completos após o nascimento caiu 25% em 10 anos no Estado. O índice, que era de 18,5 por mil nascidos vivos e nascidos mortos no ano 2000, passou para 13,8 em 2009. Isto significa uma vida salva a cada quatro gestações ou nascimento, na comparação com o início da década, ou 4,7 mil vidas salvas neste período.

“Viemos anunciar aqui no Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros, aqui na zona leste, no Belém, onde nasce uma criança por hora e é um hospital de gravidez de alto risco também. Nós estamos hoje numa pole position que nos alegra muito, junto com Santa Catarina, (temos) os menores índices de mortalidade perinatal do Brasil. Isso foi feito com muito trabalho junto às gestantes. São Paulo tem sete consultas de pré-natal, atendimento à mãe, ao parto, UTI neonatal, atendimentos ao neonato”, declarou Alckmin, enumerando algumas das ações desenvolvidas pelo Estado para atingir o patamar histórico.

A mortalidade perinatal vem caindo gradualmente no Estado, com estabilidade em alguns anos. A comparação, neste caso, deve ser entre longos períodos, assim como na mortalidade infantil. Em 2001 o índice foi de 17,7. Em 2002, 17,4. Em 2003, 15,7. Em 2004, 15,8. Em 2005 a taxa passou para 14,5. Em 2006, 14,4. Em 2007 e 2008 o índice ficou em 14, caindo para 13,8 no ano seguinte.

A taxa de mortalidade perinatal é considerada um importante indicador de saúde pública. Seu estudo fornece informações valiosas ao Estado sobre a qualidade da assistência prestada à mulher durante o período de gravidez e o pós-parto.

Em relação aos valores de 2000 houve queda na mortalidade perinatal em todas as regiões de saúde do Estado. As maiores diminuições foram observadas nas regiões de São José do Rio Preto, Grande São Paulo e Bauru. Confira aqui a tabela com os índices regionalizados.

Ainda segundo o levantamento, a redução da mortalidade perinatal no Estado pode ser atribuída, principalmente, à queda do número de óbitos que foram reduzidos por diagnóstico e tratamento precoces de doença ou por uma atenção especial e adequada ao parto, além de medidas de controle da gravidez.

“Os dados apontam a correção das políticas públicas de saúde que São Paulo vem adotando. O desafio, agora, é aprimorar este indicador e suprir eventuais carências regionais, proporcionando suporte para que os municípios possam aperfeiçoar cada vez mais a assistência à gestante, ao parto e aos recém-nascidos”, disse o secretário da Saúde Giovanni Guido Cerri.

Nos últimos três anos, a Secretaria da Saúde adotou o Advanced Life Support in Obstetrics, idealizado pela American Academy of Family Phisicians e ministrado no País pela Also Brasil, com objetivo de qualificar médicos e enfermeiras-obstetras para o atendimento de emergências obstétricas. Também houve treinamento específico de pediatras da rede pública, em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria, com enfoque em reanimação neonatal.

A assistência às gestantes também vem sendo aperfeiçoada ao longo dos anos. Um levantamento da Secretaria aponta que 76,1% das grávidas do Estado passam por pelo menos sete consultas de pré-natal nas Unidades Básicas de Saúde, superando o mínimo de seis atendimentos recomendados pelo Ministério da Saúde e o de quatro estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Essa cobertura, referente a 2008 (último ano disponível) é 41% superior ao registrado no ano 2000, quando 53,8% das gestantes recebiam pelo menos 7 consultas de pré-natal no Estado.

Ampliação

Durante o anúncio da queda histórica, o governador Geraldo Alckmin aproveitou a ocasião para infomar a ampliação do ambulatório do Hospital Leonor Mendes de Barros: “Nós vamos fazer um novo ambulatório para atender ainda melhor aqui a região leste aqui da Grande São Paulo”, declarou.

Da Secretaria da Saúde