Alberto Goldman recebe comitiva do Líbano na capital

Representantes do país árabe pediram apoio do Estado para construir metrô de Beirute

qua, 26/08/2009 - 18h10 | Do Portal do Governo

O vice-governador do Estado de São Paulo, Alberto Goldman, se reuniu com o ex-presidente do Líbano, Amin Gemayel, nesta quarta-feira, 26, no Palácio dos Bandeirantes em São Paulo. No encontro foram discutidas ações conjuntas como a instalação de uma fundação libanesa de apoio à educação em São Paulo e a melhoria do sistema de transporte urbano do país árabe.

O representante do Líbano sugeriu a implantação de uma instituição de ensino na capital, que distribuiria um número determinado de bolsas de estudo para trabalhadores que não têm tempo para estudar durante o dia. O centro acadêmico seria o braço de um órgão educacional já existente no Líbano e que leva o nome do filho do ex-presidente, Pierre Gemanyel, assassinado por um atirador não-identificado em 2006. Em contrapartida, o Estado de São Paulo seria responsável por ajudar a construir o Metrô da capital Beirute.

Goldman aprovou a parceria e exaltou a importância da presença libanesa no Estado. “São Paulo deve ser a cidade mais libanesa fora do Líbano”, afirmou o vice-governador. Estima-se que o Estado de São Paulo tenha quase 2 milhões de pessoas com origem libanesa. No Brasil, são cerca de 7 milhões. “A contribuição dessa cultura para o Estado é fundamental, sobretudo nas áreas da medicina e das artes. A comunidade libanesa também tem uma influência política muito expressiva no Brasil”, completou.

“Hoje, o Líbano é um grande canteiro de obras depois das guerras [com a Síria e com Israel] e estamos aqui para buscar o apoio brasileiro, sobretudo com São Paulo – Estado que é a locomotiva do Brasil, para continuar a reconstrução do País. Em primeiro lugar, nossa ideia é criar uma universidade para trabalhadores. Depois, gostaríamos de receber apoio para a construção do Metrô em Beirute e, por fim, nossa vontade é construir um túnel de Beirute até a divisa com a Síria”, afirmou Amin Gemayel.

O vice-governador sugeriu a assinatura de um acordo entre as duas partes. “Poderíamos fazer um protocolo entre o Metrô de São Paulo e o órgão responsável [pelo transporte] de Beirute. Isso seria muito interessante para algumas construtoras brasileiras, que tem ido a outros países para fazer construções. Acho perfeitamente possível que essas empresas, com financiamento de bancos nacionais, desenvolvam esse projeto”, disse. Segundo Goldman, o fato de Beirute ter menos de um milhão de habitantes (são cerca de 700 mil) facilita a instalação do metrô.

Também participaram da reunião o assessor internacional Paulo Elias de Moraes, o presidente da União Cultural Kataeb Líbano Brasil, Georges E. Khouri, o diretor do InCor, Charles Madi, o vice-presidente do Conselho da Igreja Ortodoxa, William Salem, e o vice-presidente da União Cultural Kataeb Líbano Brasil, Michel A. Zahr.

Do Portal do Governo do Estado de São Paulo