Vestidos para aplicar agrotóxico

O Instituto Agronômico de Campinas (IAC) promoveu o 1º International Symposium on PPE for Agricultural Pesticide Operator: Approch for Adressing PPE Issues, na semana passada. É a primeira vez que […]

qui, 16/08/2012 - 10h34 | Do Portal do Governo

O Instituto Agronômico de Campinas (IAC) promoveu o 1º International Symposium on PPE for Agricultural Pesticide Operator: Approch for Adressing PPE Issues, na semana passada. É a primeira vez que especialistas na área de Equipamento de Proteção Individual (EPI), para aplicação de agrotóxicos, de vários países se reuniram para trocar informações sobre as técnicas para uso de vestimenta de proteção na agricultura, treinamento e experiências sobre seleção e recomendação de EPI. Compareceram à sede do IAC 66 pessoas do Brasil e de outros países, como Estados Unidos, Grécia, Reino Unido, Costa Rica, Bélgica e Alemanha.

O IAC participou da equipe da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e da Organização Internacional de Normatização (ISO) que desenvolveram, no passado, normas adequadas para ensaios em EPI na área agrícola, até então inexistentes no País. “O Brasil é o único país que tem estudos desses equipamentos em clima tropical, por isso o grande interesse neste evento”, afirmou Hamilton Humberto Ramos, diretor-geral do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Para Ramos, a ideia do simpósio surgiu durante discussões com a ABNT e a ISO para o EPI no Brasil, pois os pesquisadores e profissionais na época tiveram contato com pessoas de todas as partes do mundo e, assim, perceberam as diversas realidades, necessidades e formas de produção dos equipamentos. Durante o encontro, os participantes buscaram harmonizar os conceitos para a seleção e recomendação de EPIs.

Além de organizador, o IAC também apresentou seus trabalhos e resultados sobre os ensaios com vestimentas de proteção para riscos químicos com agrotóxicos. Ramos e a responsável pelo Laboratório de Qualidade de Vestimentas de Proteção para Riscos Químicos com Agrotóxico do IAC, Viviane Correa Aguiar, proferiram a palestra PPE Requirements and Certification in Brazil.

No ano passado, o IAC avaliou 116 vestimentas de diferentes fabricantes e modelos. Os resultados dos testes indicaram que 60% das peças atendiam ao padrão mínimo de qualidade. Viviane Aguiar, no entanto, destacou a falta de uniformidade entre o tecido da mesma amostra e porcentual de vestimentas reprovadas nos ensaios das costuras.

Certificação voluntária

Laboratório de Qualidade do IAC é reconhecido pelo Ministério do Trabalho e Emprego para a avaliação das vestimentas. Antes da normalização, os fabricantes de EPIs assinavam um termo (Certificado de Aprovação – CA), no Ministério do Trabalho, no qual se comprometiam que a vestimenta tinha a qualidade necessária. Atualmente, para obter o CA, é preciso laudo que comprove a qualidade da peça.

Desde 2006, existe o Programa IAC de Qualidade em Equipamentos de Proteção Individual na Agricultura (Quepia). É a primeira iniciativa de certificação voluntária de qualidade dentro da área de segurança na agricultura. Como fato histórico, o 1º Certificado de Aprovação no Brasil emitido pelo Ministério do Trabalho, para vestimentas de proteção com base em padrões de qualidade, teve laudo emitido pelo IAC.

Um dia depois do encontro, um grupo de participantes visitou duas propriedades rurais em Jundiaí e em Piracicaba. Na primeira, os congressistas conheceram métodos de produção de diversos tipos de frutas e, em Piracicaba, numa fazenda dedicada somente à citricultura, assistiram à aplicação de agrotóxico nas árvores.

Da Agência Imprensa Oficial