Agricultura: Seminário abre discussão sobre relações do comércio

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qua, 08/11/2000 - 17h04 | Do Portal do Governo

Com a globalização, as relações comerciais entre os diversos agentes da cadeia produtiva passam a exigir um novo sistema que regule e garanta a participação democrática de todos. Preocupada com este assunto, a Secretaria da Agricultura e Abastecimento de São Paulo promoveu o seminário ‘Boas Práticas Comerciais’, que foi aberto pelo Secretário João Carlos de Souza Meirelles na manhã desta quarta-feira, dia 8.
Segundo Meirelles, o Estado tem a obrigação de regular estas relações que não podem ser arbitrárias. ‘Um novo modelo de relações comerciais deve surgir de discussões como esta realizada hoje. Deve-se buscar um consenso entre os vários agentes envolvidos no agronegócio, garantindo a viabilidade da coexistência dos grandes agentes ao lado do pequeno produtor e empresário’, afirma ele.
A partir deste primeiro encontro, inicia-se a edificação de um novo conceito das relações de comércio entre os diversos agentes das cadeias produtivas. Estas novas relações devem envolver questões como seguro agrícola, financiamentos e mecanismos para expansão dos mercados, tendo em vista o equilíbrio e a democracia entre os agentes do agronegócio.
Durante o seminário, foram apresentados os casos concretos da Argentina e do Estado do Paraná.
O representante da Secretaria de Defensa de La Competencia y del Consumidor do Ministério da Economia da Argentina, Miguel Ángel de Dios, explicou o acordo promovido pelo Governo de seu país, em vigor desde julho último, que estabelece um procedimento para débito, crédito e devolução de mercadoria. Também foi criada uma câmara de arbitragem.
No Paraná a experiência foi diferente: todos os segmentos optaram pela formação de uma associação de fornecedores – Assossuper/PR, para negociar com a associação de supermercados as condições de fornecimento que atendem tanto as necessidades do varejo, como dos produtores.
Em seu discurso, Meirelles afirmou que o papel do Estado é tirar o atraso de 50 anos em relação aos instrumentos de desenvolvimento econômico da agricultura. ‘A dimensão do homem é o tempo e portanto temos urgência para dar uma resposta à sociedade. A nossa idéia é que já no primeiro semestre de 2001 tenhamos uma proposta de um código de relações do comércio para levar Assembléia Legislativa’, conclui o secretário.