Agricultura: Secretários de Agricultura do circuito pecuário Centro-Oeste reúnem-se com Meirelles

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qua, 14/02/2001 - 19h42 | Do Portal do Governo

Depois do decreto do Ministério da Agricultura, publicado em 8/02/2001, permitindo o trânsito do rebanho bovino e bubalino das zonas tampão, secretários da Agricultura do circuito centro-oeste (Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, São Paulo, Distrito Federal) reuniram-se nesta quarta-feira, dia 14, com o secretário João Carlos de Souza Meirelles para estabelecer um programa conjunto de medidas em função do novo status de zona livre da febre aftosa.

Segundo Meirelles, a aproximação com os secretários serviu para dar andamento ao programa em curso de aperfeiçoamento do sistema de controle e vigilância sanitária, envolvendo várias ações que devem ser triplicadas a partir de agora. ‘Nós estamos começando um grande trabalho para ajustar vários itens, como, por exemplo, a legislação entre os Estados – que é um fato novo, mas no mesmo padrão que fizemos em São Paulo no ano passado, quando aprovamos uma lei de defesa vegetal e animal para que estas legislações estejam padronizadas e cada Estado esteja falando a mesma coisa que o outro’, disse Meirelles.

O processo envolve ainda treinamento dos agentes, tanto os agrônomos do sistema fitossanitário quanto do veterinário. ‘Para certificar a qualidade de qualquer produto do agronegócio, você tem que implantar um sistema de rastreabilidade, seja para frutas, legumes, frango ou carne bovina’, concluiu o secretário.

Circuitos vão integrar maior zona pecuária do Brasil

A medida de liberação do trânsito permite que 38,2 milhões de cabeças dos quatro Estados (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais) e do Circuito Pecuário Leste (Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Sergipe e Tocantis) transitem para as áreas livre da febre aftosa. A região que envolve os Circuitos Leste e Centro-Oeste é o maior circuito pecuário do Brasil, e deve, em zona livre, reunir 111 milhões de cabeças.

Os pecuaristas das regiões vão poder comercializar livremente o gado pronto para o abate e a carne com osso. O processo para a liberação da mercadoria começa com a lacração do caminhão pelo Ministério da Agricultura no próprio Estado, depois de comprovado a certificação dos animais. Chegando no Estado de destino, a mercadoria só poderá ser descarregada em frigorífico de inspeção federal, ou seja, aquele que tem CIF, e só então vai para abate ou outro uso.

O Brasil tem o maior rebanho pecuário do mundo, com 165 milhões de cabeças e uma produção de 7 milhões de toneladas de carne por ano. É o terceiro maior exportador de carne do mundo, com 650 mil toneladas exportadas no ano 2000, ou seja, 9% do que produz.