Este ano, o governo do Estado investirá R$ 350 mil no Programa Risco Sanitário Zero, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. O recurso se destina à ampliação e reforma da Ala 2 da Unidade Laboratorial de Referência em Produção de Imunobiológicos, do Instituto Biológico, na capital. Além disso, também serão chamados a trabalhar os técnicos aprovados no início do ano no concurso da carreira de apoio à pesquisa científica e tecnológica.
Esse laboratório atende à demanda de antígenos e tuberculinas (remédios para animais) no Estado de São Paulo e, recentemente, iniciou a distribuição para outros locais no País. A participação do Instituto Biológico no mercado nacional de tuberculinas subiu de 27% em 2005 para 48% em 2007, quando atingiu a produção de 1,4 milhão de doses. Neste mesmo ano, o Biológico foi responsável por 78% do abastecimento do mercado nacional de tuberculina aviária. Com relação aos antígenos para brucelose, a participação do Instituto Biológico cresceu de 26% (2006) para 31% (2007).
Essa expansão deve-se à ampliação do fornecimento para os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo e Sergipe.
Contágio – A brucelose é uma doença animal ocasionada pela bactéria denominada Brucella abortus. É a moléstia infectocontagiosa de maior destaque na esfera reprodutiva da agropecuária. Tem como principal via de contaminação a digestiva, por meio da água, alimentos, pastos contaminados por abortamentos e partos de vacas e novilhas.
O prejuízo para a pecuária bovina é significativo, porque o avanço da brucelose significa baixa no rebanho, já que o animal infectado precisa ser sacrificado. A doença é capaz de provocar abortamento em até 80% das fêmeas de primeira cria, principalmente no terço final da gestação.
Outra doença igualmente prejudicial ao rebanho bovino é a tuberculose, que atinge principalmente os linfonodos (sistema linfático) e pulmões, diminuindo a capacidade respiratória. A pessoa que mantém contato com o animal infectado também pode se contaminar por meio da respiração, fezes, leite ou fluidos corporais.
O desconhecimento da gravidade da doença faz com que a tuberculose contamine o rebanho lentamente, até atingir alta prevalência, o que resulta em perdas de até 25% da eficiência reprodutiva.
O Programa Risco Sanitário Zero, da Secretaria da Agricultura, busca assegurar que os produtos do agronegócio paulista tenham qualidade e segurança sanitária similar aos melhores padrões existentes no mundo. É uma iniciativa que conta com parceria de entidades setoriais, agentes econômicos e demais instituições públicas e privadas.
Do Instituto Biológico