A Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) lançou a campanha “Milho Safrinha 2010”. O objetivo é levar informações sobre essa cultura aos produtores rurais por meio das Casas da Agricultura e de material enviado por mala direta. Além disso, a campanha quer incentivar a comercialização de sementes certificadas.
O milho safrinha é cultivado sob sequeiro, logo após a colheita da safra de verão. O plantio tardio das sementes é arriscado, devido à menor incidência de chuvas ou ocorrência de geadas no período outono-inverno. Por isso, a campanha alertará os agricultores sobre cuidados simples, e praticamente sem custos, para obter uma cultura de sucesso e minimizar os riscos de perdas.
Os técnicos da CATI, em parceria com o Instituto Agronômico de Campinas (IAC/Apta), estão ajudando a avaliar três variedades (AL 25, AL 34 e AL Bandeirante) que serão vendidas nas Casas da Agricultura. As principais características são a rusticidade, melhor adaptação aos diversos tipos de solo e a boa tolerância ao ataque de pragas e às adversidades climáticas (veranicos), o que as torna excelentes para a safrinha.
O pesquisador científico Aildson Pereira Duarte, do Programa Milho da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, que há anos realiza pesquisas sobre a produção do milho na “safrinha”, elaborou os dez fundamentos básicos para que o agricultor obtenha bons resultados na lavoura e lucro na safrinha. Com base nessas normas e com outras informações, foram produzidos cerca de três mil folderes que serão enviados aos agricultores do Estado.
Duarte explica que antigamente os agricultores utilizavam pouca tecnologia e a produção apresentava alto risco e baixo retorno econômico. A partir da difusão e adoção desses novos conhecimentos, a cultura se consolidou. “A campanha vai melhorar essa situação, pois as técnicas apresentadas aos produtores têm embasamento científico, o que oferece segurança nas recomendações”, garante o pesquisador.
O coordenador da CATI, José Luiz Fontes, acredita que a campanha será uma ótima maneira para incentivar a produção do milho safrinha. “Para isso, as Casas da Agricultura darão informações sobre plantio, tratos culturais, colheita e variedades, além de disponibilizar sementes”, diz.
De acordo com o diretor do Departamento de Sementes e Mudas da CATI, Armando Azevedo Portas, os sacos de sementes de milho com 20 quilos vão custar 40 reais, e os de cinco, R$10,00. “Esses preços são um convite para o agricultor fazer uma safrinha de qualidade com pouco gasto, mas com resultados econômicos reais”, afirma.
Da Secretaria de Agricultura e Abastecimento
