O Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento do Litoral Sul do Centro do Pescado Marinho, do Instituto de Pesca, desenvolveu sete cursos de capacitação para o cultivo de camarão marinho.
Os cursos, destinados a pescadores do Complexo Estuarino-lagunar de Cananéia, reuniram 75 representantes das comunidades de São Paulo Bagre, Agrossolar, Estaleiro, Porto Cubatão, Guaxixi e Ariri, de Cananéia, e das comunidades de Juruvaúva, Ubatuba e Pedrinhas, de Ilha Comprida. Essas pessoas já trabalham, tradicionalmente, com a pesca e comercialização de camarão para isca-viva, conta a pesquisadora Laura Villwock de Miranda, miranda_lv@pesca.sp.gov.br.
O trabalho integra o projeto “Transferência de tecnologia de cultivo de camarão em tanque-rede e capacitação dos pescadores artesanais do Complexo Estuarino-lagunar de Cananéia, Iguape e Ilha Comprida, litoral sul do estado de São Paulo”, sob a coordenação geral de Jocemar Tomasino Mendonça, jmendonca@pesca.sp.gov.br.
Conhecido também como “Projeto camarão isca-viva”, ele propiciará o cultivo em seis comunidades da região (nos municípios de Iguape, Cananéia e Ilha Comprida), através da instalação de dez tanques-rede. O objetivo é a geração de complementação de renda sem interferir na atividade principal do pescador, que é a pesca.
Cada curso, que durou um dia, abordou: noções gerais sobre o cultivo de camarão, a pesca de camarão no litoral sul, ciclo de vida dos camarões, reprodução do camarão marinho em laboratório (maturação, desova, larvicultura e berçário), cultivo em tanque-rede (escolha do local, materiais para a construção, limpeza e manutenção dos tanques, estocagem, alimentação, acompanhamento do crescimento desse crustáceo e noções sobre qualidade da água) e visitas ao laboratório de reprodução de camarão e a cultivos em tanques-rede, ambos pertencentes ao Instituto.
Luciano Jensen Vaz, jensenlv@yahoo.com.br, oceanógrafo e mestre em aqüicultura pela FURG (Fundação Universidade Federal do Rio Grande), tem importante participação no projeto, do qual é bolsista. Além de ministrar aulas nos cursos, Luciano é quem produz as pós-larvas para fornecer aos pescadores.
O projeto é financiado pela SEAP (Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca) e tem a parceria da Fundação São Vicente.
Do Instituto de Pesca
C.M.
