O Instituto Agronômico de Campinas (IAC) celebra 119 anos de existência. A cerimônia de aniversário ocorreu no dia 27, na sua sede. Durante o evento foi lançado o Selo IAC 120 Anos, marca que representará a mesma comemoração em 2007. O selo acompanhará as ações e comunicações da instituição até junho de 2007, quando completará 120 anos. O IAC foi fundado em 1887, por D. Pedro II. Nos últimos dois anos, recebeu investimentos de R$ 1 milhão em infra-estrutura.
Cinqüenta e cinco por cento dos projetos de pesquisa do instituto, apresentados à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), receberam aprovação. Esse porcentual representou investimentos de mais de R$ 2 milhões e concede à instituição o melhor índice entre os Institutos da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA).
Na área de desenvolvimento científico do Estado, seu desempenho é comparado ao das principais universidades paulistas. O instituto gerou 17 variedades e tecnologias para a agricultura paulista no ano passado. Desenvolveu pouco mais de uma opção por mês. Como as pesquisas agrícolas exigem cerca de 10 anos de estudos e investimentos para alcançar a meta, esse número é motivo de celebração.
Mais negócios – O IAC desenvolveu novas variedades como de cana-de-açúcar, arroz, feijão, girassol, milho e tecnologias como as do primeiro Centro de Monitoramento, Mitigação da Seca e Adversidades Meteorológicas do Estado de São Paulo, conhecido entre os agricultores como Infoseca. Com esse serviço é possível fazer acompanhamento sistemático da evolução da seca no Estado. A Infoseca propõe medidas atenuantes e soluções para controlar o problema, além de oferecer prognósticos sobre a seca.
Esses resultados do IAC contribuem para ampliar as oportunidades de negócios e criar nichos de mercados. Além disso, colabora para a geração de produtos mais saudáveis ao consumidor. As novidades também auxiliam o produtor a reduzir uso de agrotóxicos e a praticar a agricultura sustentável.
Durante o evento, essas novidades foram apresentadas ao público, formado pela comunidade interna, pesquisadores e profissionais do agronegócio, lideranças, políticos e autoridades. Essas ferramentas destinam-se aos pequenos, médios e grandes produtores, em diversas regiões do Estado. Os agricultores cultivam algumas dessas variedades, como o arroz preto. O Programa IAC de Qualidade em Equipamentos de Proteção Individual adota tecnologias desenvolvidas pelo instituto. É a primeira iniciativa no Brasil que se preocupa com a qualidade dos equipamentos de proteção individual utilizados na agricultura.
Mérito científico – O objetivo da pesquisa é melhorar a matéria-prima empregada na confecção dessas vestimentas, aprimorar a eficiência dos instrumentos existentes e buscar suas certificações. Nas comemorações do aniversário, o IAC homenageou profissionais que se destacaram em suas atribuições no setor de agronegócios. Outorga o Prêmio IAC nas Categorias Internas desde 1994, e nas Categorias Externas, desde 2001. “A premiação é o reconhecimento ao mérito científico, ao desempenho institucional e aos profissionais e instituições de destaque na agricultura paulista e nacional”, diz o diretor-geral do IAC, Orlando Melo de Castro. Foi escolhido um pesquisador científico, um servidor na área técnica e outro na administrativa.
O evento teve apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (Fundag), da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), da Serrana Fertilizantes e do Banco Nossa Caixa. O IAC é subordinado à Apta, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
SERVIÇO
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(AM)
