O maior laboratório do Brasil será totalmente modernizado até o fim do ano. É o que garante a Secretaria Estadual da Saúde, que fechou acordo com o Ministério da Saúde em junho para reforma de sete das 11 unidades do Instituto Adolfo Lutz.
O objetivo da Secretaria é ampliar a capacidade operacional dos laboratórios por todo o Estado. Integram a lista das unidades que passarão por reformas as regionais da Baixada Santista, Vale do Paraíba, Grande ABC, Campinas, Sorocaba, Rio Claro e Bauru. O investimento será de R$ 2,7 milhões, incluindo equipamentos, com recursos oriundos do Projeto Vigisus II.
A largada do projeto foi dada no começo do ano com o início das obras na unidade de Santos, a mais antiga do Estado e referência para toda a Baixada Santista. Na terça-feira, 10, as obras se iniciaram no laboratório do Vale do Paraíba.
Na Capital, o Lutz recebeu em abril o mais moderno microscópio do Brasil. Trata-se de um aparelho eletrônico, da marca Jeol, modelo JEM-1011, com capacidade para ampliar imagens em um milhão de vezes. O novo microscópio é totalmente computadorizado. Com maior resolução, gera imagens mais nítidas e é capaz de mostrar até estruturas internas dos vírus. Fotografias digitais também podem ser feitas a partir de agora. Com o manejo mais ágil será possível reduzir tempo de análises de exames. Importado do Japão, custou R$ 650 mil à Secretaria.
Referência
Reconhecido como o maior laboratório público do Brasil, o cinqüentenário Lutz realiza cerca de 90% dos exames de doenças da rede pública paulista. É o único do país capaz de identificar, por exemplo, o vírus causador da pneumonia asiática, a Sars. Na área médica, é referência nacional para botulismo, meningites, hantavírus, influenza, coqueluche e Enterobactérias toxigênicas. É também referência macrorregional para as demais doenças de Vigilância Epidemiológica, atendendo Mato Grosso do Sul e o Sul brasileiro.
A seção de Microscopia Eletrônica do Adolfo Lutz tem perfil de atividade diferente dos demais laboratórios existentes no Brasil. É o único serviço que realiza diagnóstico rápido de vírus. As atividades se tornam de fundamental importância em situações emergenciais, onde a análise veloz é crucial.
Para comprovar sua qualidade, o Lutz participa de controle mantido pelo Instituto Robert Kock, da Alemanha, desde 2001. Por este programa, recebe semestralmente seis amostras de vírus inativado, analisando-as e descobrindo resultados em no máximo de 15 dias. Os resultados de cerca de 90 laboratórios de vários países são compilados, analisados e retornados aos serviços que diagnosticaram os agentes.
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