Acidente em Congonhas: porta-voz dos bombeiros relata experiência com Sistema de Comando e Operações

O capitão Mauro Lopes contou que o sistema já foi utilizado em outras tragédias

qui, 26/07/2007 - 17h31 | Do Portal do Governo

O porta-voz do Corpo de Bombeiros, capitão Mauro Lopes, relatou, em entrevista coletiva concedida nas imediações do prédio da TAM Express, a experiência da corporação com o Sistema de Comando e Operações de Emergência (SICOE) no trabalho de resgate do maior acidente aéreo do país.

Segundo o capitão, o SICOE já foi utilizado em outras tragédias de grande proporção. “As experiências do shopping em Osasco, da queda do Fokker 100, na década de 90, e da cratera do Metrô, no início deste ano, nos deram um know-how de logística, integração e estrutura operacional muito maior.”, afirmou.

Desde o dia do acidente com o Airbus da TAM, o centro de comando dos bombeiros está instalado em um caminhão estacionado nas proximidades do prédio atingido. O veículo é equipado com uma mesa de reuniões, um computador, tomadas para que rádios comunicadores sejam recarregados, geladeira, televisão e um quadro em que o mapa da situação é exposto, mostrando quantos homens trabalhavam, as áreas em que são designados, etc. Tudo isso faz parte do SICOE.

Dessa forma, segundo Lopes, torna-se difícil que os diversos órgãos acionados durante um acidente como o do Airbus ‘batam cabeça’. “CET, Defesa Civil, policiais, médicos, companhias de gás e luz, bombeiros, todos sabem o que fazer. Todos os órgãos discutem a situação no caminhão e a operação é coordenada por apenas um comandante”.

De acordo com Lopes, o método foi implantado no Corpo de Bombeiros de São Paulo a partir do intercâmbio de informações com oficiais de corporações de outros países e da leitura de livros norte-americanos e europeus.

Ele explicou ainda o que é o Sistema de Comando e Operações de Emergência, filosofia implantada desde 2000, com base na análoga norte-americana Incident Command System, que foi utilizada, por exemplo, pelo Corpo de Bombeiros de Nova Iorque durante os atentados de 11 de setembro.

Da Secretaria de Segurança Pública