Acidente em Congonhas: grupo de familiares das vítimas visita dependências do IML

Visita aconteceu nesta terça-feira, 24, e durou uma hora

ter, 24/07/2007 - 17h08 | Do Portal do Governo

Uma comissão de familiares das vítimas do acidente aéreo envolvendo o Airbus da TAM visitou nesta terça-feira, 24, as dependências do Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo, onde são feitas as identificações dos corpos.

A visita se estendeu por uma hora e serviu para confortar um pouco os familiares, que puderam verificar o empenho e atenção dos profissionais do IML durante todo o trabalho de identificação. Segundo Eliseth Ferraz, uma das integrantes da comissão de familiares, a prioridade do grupo era de levar todas essas informações aos demais parentes das vítimas. “Saio daqui confortada em ver a dedicação e o respeito com que estes profissionais estão cuidando de nossos entes”, disse Eliseth.

Foram cinco os parentes que conheceram as instalações do instituto, onde equipes têm trabalhado diuturnamente na identificação dos corpos. Os familiares puderam acompanhar de perto os trabalhos realizados pelos peritos e legistas, tendo a oportunidade de conhecer os locais onde são feitos os cruzamentos de dados obtidos por meio das necropsias com as informações e documentos fornecidos pelas famílias.

Os familiares foram recebidos pelo diretor geral do IML, Hideaki Kawata, o coordenador da Superintendência da Polícia Técnico Científica, Celso Perioli,

O chefe do Departamento de Antropologia Forense do instituto, Mario Jorge Tsuchiya, diretor técnico do instituto, Carlos Alberto de Souza Coelho, além do perito odontologista Ugo Frugoli e do diretor técnico do Núcleo de Odontologia Forense, Antônio de Rosis Sobrinho.

Reunidos, os profissionais do IML expuseram para a comissão de familiares todas as dificuldades encontradas no trabalho de reconhecimento. Eles contaram cada passo do processo de identificação. Dúvidas foram sanadas e todo tipo de solicitação ou observação ouvida, anotada e respondida.

Foi apresentado à comissão o setor da Antropologia Forense, departamento onde são realizados os trabalhos baseado na estrutura humana e o necrotério onde são feitas necropsias, radiologias e conservação dos corpos.

Jaqueline Smith Salgado, que perdeu um irmão na tragédia, agradecia as equipes pelo empenho no trabalho por todos os departamentos que passava: “Obrigada a todos e que Deus ilumine o olhar de todos vocês…vocês são realmente heróis”.

Jaqueline explicou a sensação de estar em meio aos profissionais durante os trabalhos: “Tenho certeza que vocês se sentem como nós e neste momento, me sinto no lugar de vocês, na tentativa de identificar todas essas pessoas”.

Atualmente, pelo menos 45 funcionários trabalham na identificação das vítimas, número que oscila de acordo com a necessidade, podendo chegar a até 70 pessoas. Até o momento, as equipes do IML identificaram 68 vítimas do acidente aéreo.

Da Secretaria da Segurança Pública