Acidente em Congonhas: exemplos de solidariedade após a tragédia

Bombeiros, peritos, policiais civis e militares, médicos e uma vasta gama de profissionais tornaram-se voluntários

qua, 18/07/2007 - 13h18 | Do Portal do Governo

Exemplos de solidariedade em meio a uma tragédia: bombeiros, peritos, policiais civis e militares, médicos e uma vasta gama de profissionais tornaram-se voluntários na árdua tarefa de ajudar a salvar vidas logo após o acidente aéreo com o Airbus da Tam, no início da noite de ontem.

Entre esses exemplos destaca-se a tenente Cristiana de Barros Lucena. Ela estava de folga ontem. O dia, a princípio de calmaria, possibilitou que a policial fosse doar sangue. A tenente já estava em seu carro quando soube do acidente por uma emissora de rádio. “Ouvi a notícia e, como havia equipamento (de primeiros-socorros) no meu carro, fui direto para o local”, conta.

Logo que chegou ao local do acidente do Airbus da Tam, no início da noite de ontem, a tenente deslocou-se para um setor que cuida da recepção dos corpos retirados dos escombros. Nem mesmo os riscos de desabamento da estrutura comprometida pelas chamas e rachaduras, o combustível da aeronave e do posto de gasolina que também foi atingido a afastaram do dever e da satisfação de poder contribuir com a sociedade numa situação de tamanha comoção e tristeza.

“Eles fizeram tudo o que é possível”

A comissária de bordo Patrícia Veiga, de 26 anos, mora perto do Aeroporto de Congonhas. A profissional, que não é funcionária da Tam, também foi exemplo de solidariedade durante a tragédia que abateu os brasileiros, no início da noite de terça-feira (17).

Patrícia mora distante uma quadra e meia do local do acidente, e chegou junto com o primeiro resgate. Ela disse que não escutou barulho, mas sentiu o calor do fogo.

Patrícia ajudou os bombeiros nos primeiros salvamentos. “Eu levava as pranchas e os materiais médicos. Pegava água para as pessoas que saíam do prédio com falta de ar”, recorda.

A comissária, que possui curso básico de primeiros-socorros ficou impressionada com o trabalho do Corpo de Bombeiros. “Eu não imaginava uma estrutura dessas que o Corpo de Bombeiros trouxe aqui. Eles conseguiram chegar antes de mim e fizeram tudo o que é possível”, conta, ainda emocionada e abalada com a tragédia. Em determinado momento, Patrícia até comparou sua profissão com a de bombeiro. “Temos de ajudar as pessoas em momentos difíceis”, justificou.

Da Secretaria de Segurança Pública