Acidente em Congonhas: equipe de médicos e dentistas legistas atendem familiares no aeroporto

Profissionais são liderados pelo doutor Ugo Frugoli

qua, 18/07/2007 - 18h23 | Do Portal do Governo

Uma equipe avançada formada por sete médicos legistas e dentistas legistas da Polícia Técnico-Científica está numa sala do Aeroporto de Congonhas, que a TAM reservou para os familiares das vítimas do acidente com o Airbus, para ajudar na identificação dos corpos.

Liderados pelo doutor Ugo Frugoli, eles pedem aos familiares o maior número possível de informações pessoais para ajudar no reconhecimento dos corpos que estão sendo encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) central.

Os especialistas entrevistam os parentes e preenchem um formulário médico-legal com todos os tipos de informações: biótipo, arcada dentária, sinais de nascença, cicatrizes, tatuagens e exames que possam ajudar na identificação, como raio-x, ressonância magnética e outros que mostrem cirurgias que deixaram marcas nas vítimas.

Além disso, fazem perguntas detalhadas sobre objetos que as vítimas costumavam usar, como anéis, alianças, piercing, brincos, colares e sobre roupas que eles poderiam estar usando no dia do acidente.

O doutor Ugo Frugoli informou que a TAM já forneceu as fichas médicas das arcadas dentárias dos 18 funcionários que morreram no acidente. “Muitos dentistas dos passageiros mortos estão nos procurando com dados sobre os pacientes, isso ajudará no processo de identificação e também no processo judicial”, declarou.

Ele ressaltou que todas essas informações serão digitadas e o material digitalizado. A partir daí, será feito o cruzamento com os dados recolhidos dos cadáveres pelos peritos do IML. Quando são encontrados indícios, os familiares são chamados.

Frugoli declarou que, nos casos em que é possível, os peritos do IML colhem a impressão digital e encaminham para o IIRGD – Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt para que ela seja confrontada. Ele lembrou que no caso dos paulistas isso é mais fácil, já em relação as pessoas de outros estados é preciso mandar os dados para confrontação, o que retarda um pouco o processo de identificação.

Segundo Frugoli, tudo isso é feito para facilitar o reconhecimento, que é subjetivo, e a identificação, que é objetiva e realizada a partir da legitimação. Portanto, a prioridade dos peritos é a identificação e eles, quando isso não é possível, buscam o reconhecimento dos corpos por meio de sinais de nascença, cicatrizes, objetos pessoais e vestimentas.

Para humanizar o reconhecimento, a Polícia Técnico-Científica utiliza imagens digitalizadas no computador. Dessa forma os familiares não precisam fazer a identificação no necrotério. O procedimento é feito numa sala do Instituto Médico Legal.

Da Secretaria de Segurança Pública