Em 19 de março de 2007, o Acessa São Paulo inaugurava seu maior posto, o Parque da Juventude. Um ano depois, há a média de acessos diários alcança a marca de mais de 1.100 por dia, número inédito entre todos os postos do programa de inclusão digital.
A coordenadora Rute Aparecida Constantino da Silva afirma que posto “se integra à comunidade do entorno, e presta serviços importantes de cidadania, como busca de empregos e produção de currículos”.
Para Juan Francisco Bastos Pavos, 18, que trabalha no Parque da Juventude desde a inauguração, o posto é muito importante para a comunidade daquela região: “uma parte dos jovens que vêm aqui quase todo dia, gente aqui do pedaço mesmo, era meio irritada, agitada, até mesmo um pouco mal-criada, no começo. Com o tempo, eles passaram a ficar mais tranqüilos, mais focados mesmo. Criou um clima de respeito entre eles e a gente”.
Nos 60 computadores dedicados ao atendimento circula todo tipo de gente, de todas as idades e nível de conhecimento, diz Juan. “A maioria têm entre 16 e 28 anos, mas tem também o pessoal mais velho, tem de tudo”.
Ele conta que já atendeu inclusive pessoas que nunca tinham mexido em um computador na vida, e tiveram o primeiro contato ali, no posto.
Espaços diferenciados
O Acessa conta com espaços diferenciados para atividades variadas, que vão além do atendimento normal. Há a sala especial para deficientes auditivos, com 10 máquinas, com atendimento qualificado para esse público. A monitoria é feita por pessoas que se comunicam em Libras, a língua brasileira de sinais.
Tem também uma sala de estudos, criada em função da demanda dos freqüentadores. “Há alunos da escola que estudam aqui, e há os moradores que utilizam o serviço por mais de meia hora explica Rute Aparecida Constantino da Silvado,.
Na sala de estudos, os usuários têm à disposição 15 computadores, que podem utilizá-los até uma hora, mas não podem acessar sites de relacionamento ou mensageiros instantâneos; afinal, a sala é dedicada a estudo e trabalho. “O pessoal gosta bastante desse espaço, a procura é grande”, observa Rute.
Para quem gosta de literatura, há o AcessaLivro, programa desenvolvido em parceria com a Secretaria de Cultura. Trata-se de uma biblioteca diferente das convencionais, em que o usuário não precisa de cadastro para pegar livros emprestados.
Desde o final de 2007, ainda, o posto do Parque da Juventude é o quartel general do Programa de Formação Continuada de Monitores, que utiliza um espaço do posto para suas atividades. Mensalmente, monitores de todo o Estado se reúnem no parque para discutir como melhorar o atendimento ao público.
Futuro
As perspectivas para o segundo ano do posto são boas: “em breve inauguraremos uma sala dedicada a deficientes visuais, com softwares específicos. Estamos apenas finalizando as adaptações”, conta a coordenadora Rute Aparecida Constantino da Silva.
Segundo ela, o MetaProjeto será levado ao Parque da Juventude e há vários usuários bem interessados nas atividades que serão desenvolvidas.
Do Acessa São Paulo