O abastecimento de água tem acompanhado o crescimento imobiliário da Região Metropolitana da Baixada Santista. Nos últimos 10 anos, a região ampliou em 17% o número de domicílios ligados ao sistema da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
O município de Bertioga, por exemplo, teve o maior aumento de residências conectadas à rede de abastecimento de água, com um acréscimo de 67%. Enquanto Mongaguá e Peruíbe ampliaram em 27% e 26%, respectivamente, o número de imóveis abastecidos pela rede pública de distribuição.
A Sabesp já universalizou os serviços de distribuição de água na Baixada, uma vez que já abastece 100% das áreas conformes da região, ou seja, só não há abastecimento em áreas com impeditivos legais. Assim, para manter esta universalização, a Companhia investe na ampliação do seu sistema em obras consideradas estruturantes, juntamente com ações preventivas de planejamento que visam suprir as demandas dos novos empreendimentos, garantindo o pleno atendimento dos próximos 20, 30 anos.
As construtoras, antes de pedirem liberação da Prefeitura Municipal, apresentam carta de diretrizes com estimativas do consumo de água e produção de esgoto para, a partir daí, a Sabesp indicar a solução técnica adequada para que se mantenha a eficiência da rede. “Todos os projetos são estudados tecnicamente. Caso a rede na rua não atenda o necessário, são feitos prolongamentos e interligações em redes com diâmetros maiores”, explica o superintendente da Sabesp na Baixada Santista, engenheiro João Cesar Queiroz Prado.
Obras estruturantes
Três grandes obras estruturantes estão em andamento na região. Em Itanhaém, a construção da Estação de Tratamento de Água (ETA) Mambu irá dobrar a produção de água atual do Litoral Sul, com investimentos de R$ 413 milhões. Já em São Vicente, a estação Itu tem investimento da ordem de R$ 6,9 milhões e reforçará a demanda, principalmente, da área continental da cidade. E em Guarujá, estão sendo investidos R$ 81 milhões na Jurubatuba.
Ainda estão sendo investidos cerca de R$ 6,6 milhões no Sistema Produtor de Água de Mongaguá, com obras de ampliação da estação de tratamento Antas, que estará em operação em janeiro de 2012.
Lembrando que em 2010 foi entregue a instalação Boracéia, em Bertioga, e o Centro de Reservação Melvi, em Praia Grande, com capacidade de armazenar 20 milhões de litros de água. Para se ter ideia do benefício de tais investimentos para a região, é importante ressaltar que a Baixada Santista possui um Sistema Integrado de Abastecimento de Água, o que possibilita o envio da água de uma cidade para outra.
Perdas
Além dos investimentos estruturais, a Sabesp também investe na melhoria contínua dos serviços prestados. O índice de perdas de água na Baixada Santista, por exemplo, hoje na casa dos 17%, em 2008 era de 27%, ou seja, houve uma redução de 10 pontos percentuais, o que permitiu uma eficiência maior do sistema. Para isso, foram realizadas ações como a troca de 100 km de redes de água; troca de 72 mil hidrômetros e 1.600 quilômetros de pesquisa de vazamento. Ainda neste sentido, a equipe de caça-fraude identificou em 2010, 1.676 irregularidades relacionadas ao consumo de água. A estimativa da Empresa é que somente na Baixada Santista foram desviados 826 milhões de litros de água, volume suficiente para abastecer, por um mês, uma cidade de 191 mil habitantes, ou Cubatão e Itanhaém juntas.
Da Sabesp
