“A mulher agredida tem algum tipo de dependência em relação ao agressor”

Em entrevista ao Portal do Governo, delegada da 2ª Delegacia de Defesa da Mulher explica como funciona ciclo da violência contra mulheres

seg, 31/10/2016 - 17h32 | Do Portal do Governo



O tema violência contra a mulher, infelizmente, ainda é recorrente. Em São Paulo, no último mês de agosto, foram registradas quase 4,4 mil denúncias de lesão corporal dolosa e mais de 4,9 mil ameaças contra mulheres. Para diminuir esses índices, o Governo do Estado tem atuado em diferentes frentes.

A promoção de campanhas de conscientização é uma delas. “A mulher precisa ter ciência que há um ciclo de agressão”, explica Jaqueline Valadares, delegada da 2ª Delegacia de Defesa da Mulher. “A mulher agredida costuma ter algum tipo de dependência em relação ao agressor, pode ser uma dependência econômica ou emocional”, completa a delegada.

Independente dessa relação, é fundamental que se faça a denúncia contra o agressor, visto que normalmente existe um ciclo de violência contínuo. “O indivíduo agride a vítima verbalmente e essa agressividade tende a se repetir e se agravar. Antes disso, ele pede perdão, o casal vive uma lua de mel. Na sequência, acontecem novas agressões verbais que podem culminar em agressões físicas e até em feminicídio”, alerta Jaqueline.

Confira no vídeo acima a delegada Jaqueline Valadares dar mais detalhes sobre o perfil do agressor e como a vítima pode fazer a denúncia.

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