A dor da Colômbia pelo pincel de Botero

Exposição do mais importante pintor latino-americano da atualidade faz parte dos festejos de 18 anos do Memorial

seg, 19/03/2007 - 17h48 | Do Portal do Governo

Pinturas de alto impacto dramático do artista plástico colombiano Fernando Botero – que testemunham a violência sem fim em seu país – compõem a primeira grande exposição internacional do Memorial da América em 2007, com patrocínio da Nossa Caixa. “A Dor dos Colombianos, por Botero” será aberta ao público na Galeria Marta Traba, dia 23 de março e vai até 26 de abril. Ela faz parte da programação de aniversário de 18 anos do Memorial, comemorados em 18 de março.

São 67 trabalhos – pinturas a óleo e desenhos – realizados entre 1999 e 2004 – selecionados e doados pelo próprio artista ao Museu Nacional da Colômbia, em Bogotá. O artista, que em geral se manifesta contrário ao uso da arte como “arma de combate”, declarou, por ocasião da doação das obras, sentir-se na obrigação moral de deixar um registro sobre o momento vivido pelo país.

Sem abandonar seu estilo mundialmente famoso, Botero retrata os episódios de atentados a bomba e a comoção social que tomou conta do país nos anos 80 e 90. O artista é conhecido pelas formas redondas com que retrata suas figuras. De natureza humorística à primeira vista, as pinturas de Botero são geralmente um comentário social com toques políticos.

Fernando Botero é o artista latino-americano de maior reconhecimento internacional da atualidade. Por isso, com o apoio do governo colombiano, essa mostra já percorreu cidades colombianas e também capitais sul americanas como Quito e Buenos Aires, além de cidades européias.

Essa não será a primeira vez que as obras de Botero vêm ao Brasil. Em 1998, quando expôs no Masp 82 obras produzidas entre 1947 e 1997, a mostra foi vista por 121.611 pessoas. Foi a segunda maior bilheteria do museu paulista, ficando atrás apenas da exposição de Salvador Dali.

Radicado na Itália, Fernando Botero nasceu em Medellín, em 1932. Nos anos 50 estudou em Madri, onde acrescentou os mestres espanhóis a seu interesse por arte pré-colombiana, colonial espanhola e pelos temas políticos do muralista mexicano Diego Rivera. Sua primeira mostra foi em 1951, em Bogotá, mas sua formação para valer teve início em 1953, quando ingressou na Academia de San Marco (Florença), para estudar técnicas de afresco e assimilou algo da arte renascentista.

A DOR DOS COLOMBIANOS, POR FERNANDO BOTERO

Exposição de 67 quadros

Galeria Marta Traba/ Memorial da América Latina

Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 portão 6

Telefone de informações: 3823.4600

Período: 23 de março a 26 de abril

Horário: 9 às 18 horas – de terça-feira a domingo

Da Assessoria de Imprensa do Memorial da América Latina

(R.A.)