A arte de Chico Sciense é tema do programa Mosaico da TV Cultura

Atração está programada para domingo, 1º, às 20h30

qua, 28/05/2008 - 16h20 | Do Portal do Governo

O cantor e compositor pernambucano Chico Science (1966-1997), líder do mais representativo movimento da música pop brasileira dos últimos anos, é o tema da próxima edição do programa Mosaicos, que a TV Cultura exibe no próximo domingo, 1º, às 20h30. O documentário musical Mosaicos, a Arte de Chico Science apresenta as participações dos integrantes da banda Nação Zumbi, Fred 04, Siba, além de depoimentos de Herbert Vianna e dos jornalistas Xico Sá e Renato L.

Mesclando gravações inéditas com imagens do acervo da TV Cultura, Mosaicos narra a trajetória artística de Chico Science, recuperando sua participação em diversos programas da emissora, a exemplo do “Especial Mangue Beat”, “Ensaio” (1996), “Bem Brasil” (1996), “Metrópolis” (1994) e “Vitrine” (1996).

“Ouvindo o Chico Science, a gente tem a confirmação de que o Brasil já pode ensinar o mundo como fazer rock ‘n roll, como fazer música”, afirma Samuel Rosa, da banda Skank, em depoimento para o programa. “Uma atitude completamente intensa, popular e honesta dele, de mergulhar na cultura popular, de trazer raízes e misturar isso com informações e tecnologia do planeta – ele era um talento acima das palavras”, comenta Herbert Vianna.

Líder da banda Nação Zumbi e principal expoente do movimento mangue beat de Pernambuco, teve sua carreira precocemente abortada por um acidente de carro. Chico Science participava de grupos de dança e hip hop em Pernambuco no início dos anos 80. No final da década integrou algumas bandas de música como Orla Orbe e Loustal, inspiradas na música soul, no funk e no hip hop.

A fusão com os ritmos nordestinos, principalmente o maracatu, veio em 1991, quando Science entrou em contato com o bloco afro Lamento Negro, de Peixinhos, subúrbio de Olinda. Misturou o ritmo da percussão com o som de sua antiga banda e formou o Nação Zumbi. A partir daí o grupo começou a se apresentar em Recife e Olinda e iniciou o “movimento” mangue beat, com direito a manifesto (“Caranguejos com Cérebro”). Em 1993 uma rápida turnê por São Paulo e Belo Horizonte chamou a atenção da mídia. O primeiro disco, Da Lama ao Caos, projetou a banda nacionalmente. O segundo, Afrociberdelia, mais pop e eletrônico, confirmou a tendência inovadora de Chico Science e Nação Zumbi, que excursionaram pela Europa e Estados Unidos, onde fizeram sucesso de público e crítica. O Nação Zumbi lançou um CD duplo em 1998, depois da morte do líder, com músicas novas e versões ao vivo remixadas por DJs.

Repertório dos convidados:

“Rios, pontes e overdrives” (Chico Science/Fred 04) com Nação Zumbi e Fred 04

“Da lama ao caos” (Chico Science) com Nação Zumbi e Fred 04

“Etnia” (Chico Science/Lucio Maia) com Nação Zumbi

“Coco Dub” (Chico Science) com Nação Zumbi e Siba

“Maracatu Atômico” (Jorge Mautner/ Nelson Jacobina) com Nação Zumbi

* “Risoflora” (Chico Science) com Nação Zumbi e Siba

“Manguetown” (Lucio Maia/ Dengue/ Chico Science) com Nação Zumbi e Fred 04

 

Da Secretaria da Cultura

(I.P.)