Pesquisa realizada pela Secretaria de Estado da Saúde em parceria com o Ibope na capital paulista aponta que 85,4% dos pacientes atendidos em hospitais estaduais são favoráveis à doação de órgãos. Mas somente 43% dos entrevistados afirmaram já ter conversado com seus familiares sobre a intenção de doar.
O levantamento, realizado entre dezembro de 2007 e janeiro deste ano, ouviu 2.300 pessoas, dos quais 900 pessoas de nove hospitais ligados à Secretaria na cidade de São Paulo, 700 médicos e outros 700 funcionários em diversas funções.
Entre os médicos, o índice de favoráveis foi maior: 91,1%. Do total, 68% disseram já ter conversado com parentes sobre o tema. Já entre os demais funcionários, 88,8% demonstraram interesse, e 56% afirmaram já ter comentado com familiares a possibilidade doar órgãos.
A pesquisa foi feita nos hospitais estaduais de Taipas, Vila Alpina, Mandaqui, Regional Sul, Cachoeirinha, Guaianazes, Pedreira, Itaim e Grajaú. A margem de erro é de até 3,5 pontos percentuais, para mais ou para menos.
“É fundamental que todas as pessoas que desejam doar seus órgãos deixem essa intenção bem clara a seus parentes próximos, pois somente a família pode autorizar ou não o transplante”, afirma o coordenador da Central de Transplantes da Secretaria, Luiz Augusto Pereira.
A Secretaria tem realizado desde 2006 cursos intensivos com Organizações de Procura de Órgãos e equipes médicas para a correta abordagem de familiares no caso de morte encefálica de pacientes potenciais doadores de órgãos notificados por hospitais.
Em 2007 houve 367 doadores de órgãos oriundos do Estado de São Paulo, 6% a mais do que no ano anterior, que registrou 347 doações. O número de órgãos transplantados ficou em 1.125 no ano passado, contra 1.165 em 2006.
A quantidade de transplantes pode variar conforme a qualidade do órgão, que pode ser descartado caso não esteja em condições adequadas para ser implantado em outra pessoa.
Da Secretaria da Saúde
