3° Encontro de APLs reuniu mais de 300 pessoas

Evento discutiu políticas de apoio a micro, pequenas e médias empresas organizadas

ter, 25/11/2008 - 17h57 | Do Portal do Governo

Cerca de 300 pessoas participaram, na última segunda-feira, 24, do 3° Encontro de Arranjos Produtivos Locais do Estado de São Paulo, no Memorial da América Latina.

O evento, realizado pela Secretaria de Desenvolvimento, em parceria com a Federação das Indústrias (Fiesp) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP), discutiu a expansão da política de apoio à competitividade das micro, pequenas e médias empresas inseridas e organizadas em APLs no Estado de São Paulo.

Para o vice-governador e secretário de Desenvolvimento, Alberto Goldman, o evento foi uma oportunidade para provocar mudanças de relacionamento no setor produtivo paulista. “Nós buscamos reverter a cultura de competição entre as micro, pequenas e médias empresas, criando um conceito de colaboração”, afirmou Goldman na abertura do encontro.

 O vice-governador paulista também destacou que é preciso incorporar as universidades ao setor produtivo. Segundo ele, a inovação é um fator estratégico determinante para o sucesso das micro, pequenas e médias empresas. Goldman reafirmou a importância política da iniciativa. “Aqui em São Paulo nós temos condições e até mesmo a responsabilidade de servir de exemplo para todo o país”, ressaltou.

O presidente nacional do Sebrae, Paulo Okamoto, elogiou a iniciativa e disse que o Governo do Estado de São Paulo dá o exemplo ao incentivar a discussão sobre o papel dos Arranjos Produtivos Locais. O diretor-superintendente regional do Sebrae-SP, Ricardo Tortorella, afirmou que há um enorme desafio a ser debatido em busca de alavancas para o desenvolvimento das empresas inseridas em APLs. “Hoje damos um passo importante nesse sentido”, completou.

Já o diretor do Departamento de Competitividade da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho, alertou sobre a importância da união dos empresários. “Apoiar o setor produtivo é apoiar o Brasil. A soma do todo é maior que a soma das partes”, reiterou.

Programa de capacitação

Além de estimular e colaborar com o ambiente de aprendizagem entre entidades representativas de classes, empresários, setor público, universidades, pesquisadores e especialistas, o evento também marcou a assinatura do convênio para o Programa de Capacitação de Agentes de Inovação para APLs, firmado entre Secretaria de Desenvolvimento, Fiesp, Agência de Inovação da USP e Sebrae, com o intuito de formar agentes voltados à elaboração e disseminação de projetos com foco em inovação.

O secretário-adjunto de Desenvolvimento, Luciano de Almeida, considerou o convênio um grande trabalho de estímulo à competitividade. “A parceria tem como objetivo multiplicar agentes que saibam lidar com projetos de apoio ao micro-empresário, como a Investe SP, as iniciativas de apoio a incubadoras, os programas do IPT e muitos outros instrumentos de fomento”, disse ele.

O encontro também contou com mesa de debates sobre políticas de desenvolvimento produtivo, apresentação sobre modelos bancários de atuação junto a APLs e dois painéis de debates: “Novas Institucionalidades: Sistemas Produtivos, Inovadores e Competitivos e as Novas Formas de Gestão do Território” e “Experiências Internacionais em Sistemas Produtivos Locais e Desenvolvimento Integrado”.

Arranjos Produtivos Locais

 Os Arranjos Produtivos Locais (APLs) são aglomerados regionais de empresas que atuam em atividades similares ou relacionadas, auxiliadas por políticas públicas de desenvolvi- mento. O Estado de São Paulo conta com 24 APLs formados em mais de 40 municípios. As empresas localizadas nos arranjos produzem diversos tipos de produtos em municípios que já desenvolvem uma forte atividade comercial, como no ramo de calçados (Franca, Birigüi e Jaú), bordados e enxovais (Ibitinga), aeroespacial (São José dos Campos), móveis (Mirassol, Votuporanga e Região Metropolitana de São Paulo), plástico (Grande ABC), produção têxtil (Americana) e outros.

Com os arranjos, é possível organizar micro, pequenos e médios empresários, tornando-os mais competitivos, transformando o local de produção em um eixo orientador de promoção econômica e social com vistas ao fortalecimento no mercado.

Da Secretaria de Desenvolvimento