100 anos de imigração japonesa: SP lança guia turístico sobre a colônia

Publicação está sendo organizada pela Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo e deve sair em maço

seg, 18/02/2008 - 16h39 | Do Portal do Governo

Informações turísticas e culturais ligadas à colônia japonesa do Estado de São Paulo serão reunidas e transformadas em um guia. A publicação será organizada pela Secretaria Estadual de Esporte, Lazer e Turismo e lançada durante as comemorações do centenário da Imigração Japonesa no Brasil.

De acordo com o diretor do Serviço de Informação da Coordenadoria de Turismo da Secretaria, Vanilson Fickert, o guia reunirá informações sobre as regiões nas quais a colônia se consolidou. Além da capital paulista, os japoneses se firmaram nos municípios de Atibaia, Mogi das Cruzes, Suzano, Bastos, Marília, Lins, Registro, Araçatuba, Presidente Prudente e Pereira Barreto.

O guia terá ainda informações sobre atividades e festividades tradicionais da colônia no Estado, como o Festival da Cerejeira, realizado anualmente em São Paulo, no mês de julho. A festividade é baseada no ritual milenar (conhecido como hanani) que comemora, no Japão, a passagem do rigoroso inverno para a primavera e é marcado pelo florescer das cerejeiras.

“Por conter informações perenes, o guia não se resumirá ao centenário, mas continuará a valer depois das comemorações”, afirma Fickert. A previsão é que o guia seja lançado no mês de março.

Roteiros para as missões japonesas

Com o lançamento do guia, a Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo visa atender a população da colônia e outros interessados na cultura japonesa que vivem no Estado.

Já para receber as missões japonesas que visitarão o Estado no mês de junho para as comemorações do centenário, a Secretaria criou um roteiro, com destinos que contam a história da imigração em São Paulo.

Além da capital, o roteiro inclui o circuito Caminhos do Mar (municípios de Cubatão, São Bernardo do Campo), Circuito das Frutas (Atibaia, Indaiatuba, Itatiba, Itupeva, Jarinu, Jundiaí, Louveira, Morungaba, Valinhos e Vinhedo), a Rota da Liberdade (Bananal, Cruzeiro, Cunha, Guaratinguetá, Ilhabela, Lorena, Pindamonhangaba, Piquete, Redenção da Serra, São José do Barreiro, São Sebastião, São Luís do Paraitinga, Taubaté, Tremembé e Ubatuba), as Cavernas da Mata Atlântica (Apiaí, Barra do Turvo, Eldorado e Iporanga) e o Circuito Mantiqueira (Campos do Jordão, Monteiro Lobato, Pindamonhangaba, Piquete, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí e São José dos Campos).

“Todos esses roteiros são destinos de interesse para as missões diplomáticas japonesas”, ressalta o secretário de Esporte, Lazer e Turismo, Claury Alves da Silva. Isso porque as rotas sugeridas estão ligadas à presença japonesa no Estado.

No Circuito das Frutas, por exemplo, muitos dos produtores são descendentes de japoneses. Além disso, as técnicas agrícolas utilizadas por diversas fazendas foram disseminadas pelos imigrantes japoneses.

O Circuito Caminho do Mar percorre o caminho inverso ao que foi feito pelos imigrantes japoneses.

No Circuito Mantiqueira, os turistas deverão fazer uma parada numa colônia japonesa, a Fazenda Renópolis, localizada nas proximidades da estrada de ferro que liga Pindamonhangaba a Campos do Jordão. Na fazenda, que tem cerca de 70 anos de existência, funciona uma casa de chá, criada pelos japoneses que vivem na fazenda.

A Rota da Liberdade passa por municípios que foram importantes durante o ciclo do café, produto que contou com a mão-de-obra dos primeiros imigrantes japoneses que chegaram ao Brasil. A rota também inclui regiões que tiveram forte influência japonesa na agricultura, como Tremembé, que teve a cultura de arroz introduzida pelos imigrantes vindos do Japão.

Os roteiros já foram oferecidos às associações de todas as províncias japonesas com sede em São Paulo.

Cíntia Cury

(I.P.)