Com o retorno dos alunos das férias para o início do ano letivo, começam os preparativos para preencher com lápis, caneta, borracha, folhas, tinta, entre outros itens, o objeto de maior cobiça entre os estudantes: a mochila escolar.
De rodinha, bordada, com a estampa do astro ou do personagem de desenho animado do momento, com cores vivas e atraentes, elas podem ser as grandes vilãs da saúde das crianças e adolescentes que comumente apresentam quadros de dores na coluna, por exemplo, sem nem ao menos desconfiar da causa.
Além de fiscalizar o peso diariamente, os pais devem atentar para a qualidade do material, para a altura das alças ou o comprimento do apoio, em caso de mochilas que possuem rodinhas.
O uso incorreto das mochilas escolares pode acarretar em dor, alterações e “vícios” na postura que, se não forem corrigidos a tempo, podem se tornar prejudiciais e se agravar ao longo do tempo, levando a problemas mais sérios como hipercifose no tórax, hiperlordose na lombar e escoliose.
Confira as dicas da Rede de Reabilitação Lucy Montoro:
– Evite levar brinquedos e artigos desnecessários para a escola;
– Atente para o material escolar necessário somente para as matérias do dia, verifique a grade de horários diariamente;
– Leve os alimentos em uma lancheira;
– Sempre que possível, opte pelo uso de folhas avulsas de um fichário no lugar dos tradicionais cadernos de capa dura;
– No caso das mochilas de rodinha, a altura deve estar adequada de modo que evite torção ou inclinação do tronco. A criança deve ficar ereta;
– Crianças menores devem usar rodinhas maiores;
– Quando usadas nas costas, a parte superior não devem ultrapassar a altura dos ombros; a parte inferior deve chegar no máximo a 8 cm acima da cintura; não deve ultrapassar a largura do tronco;
– É fundamental que elas tenham duas alças acolchoadas para dividir o peso, além de uma cinta abdominal para evitar oscilações;
– O material mais pesado deve ficar embaixo, o peso do material do lado esquerdo e direito devem ser parecidos e o conteúdo da mochila deve ficar preso;
– A mochila vazia não pode pesar mais de 1 kg;
– O peso total da mochila, de acordo com sugestão da Organização Mundial da Saúde (OMS), não deve ultrapassar 7% do peso da criança.