USP: curso de Engenharia Florestal se destaca nas atividades da Esalq

Estudantes e ex-alunos relatam a importância da formação na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”

qua, 12/09/2018 - 20h49 | Do Portal do Governo

O curso de Engenharia Florestal da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba, conta com diversas ações para promover a proximidade com o mercado e continuar a oferecer ensino de qualidade.

“Lembro-me perfeitamente do dia da matrícula. Entrei na Esalq de mãos dadas com minha mãe. Não sei quem estava mais feliz”, recorda Carolina Bozetti Rodrigues, egressa do curso de Engenharia Florestal, que sempre estudou em escola pública. Para ela, obter uma formação de ensino superior era um sonho, inclusive dos pais.

Graduada na turma de 1999, a ex-aluna escolheu estudar na Esalq por apresentar a melhor avaliação do curso. “Devo destacar que o apoio que a instituição me ofereceu, como moradia, bolsa alimentação e trabalho, na época, não estavam disponíveis em outras universidades e que foram fundamentais para eu estudar fora da minha cidade”, acrescenta Carolina Bozetti Rodrigues.

Formação

Vale ressaltar que a Engenharia Florestal é uma área ampla, presente no dia a dia do ser humano. Por meio da formação no setor, é possível atuar em praticamente todo o território brasileiro e no exterior. A egressa possui experiência em conservação dos recursos hídricos, com ênfase nos efeitos do manejo florestal sobre a quantidade e a qualidade de água.

Criado no início da década de 1970, o curso tem duração de cinco anos, com disciplinas que se dividem entre básicas (introdutória), profissionalizantes, gerais e específicas. “O grande diferencial é o fato de unir conceitos e práticas de produção e processamento da madeira, além de conservação de recursos naturais, tornando nossa formação mais dinâmica”, relata Victória Marega Festucci, estagiária da comissão de coordenação do curso.

De modo a enriquecer o currículo dos estudantes, a Esalq administra duas estações experimentais, localizadas em Itatinga e em Anhembi, no interior do Estado, que ficam à disposição dos alunos. Experimentos e aulas também ocorrem nas áreas florestais do próprio campus da unidade, em Piracicaba.

“Como exemplo, duas viagens são marcantes: uma para Juréia, com a disciplina de Ecologia, no primeiro ano, além da ida, no quarto ano, para a Floresta Amazônica, com a disciplina de Manejo de Florestas Tropicais”, completa a estagiária.

“Quando entramos na Esalq, sempre esperamos essa viagem. Quando conversamos com estudantes que fazem o mesmo curso em outras universidades do Brasil, eles falam que não têm essa oportunidade. Acho que é o ápice da nossa formação”, avalia a aluna Nadia Rosário de Oliveira.

Processamento

Entre as diversas aplicações da madeira como fonte de energia e celulose, há também a possibilidade de uso como elemento estrutural. No entanto, a utilização pode apresentar desafios, em relação a algumas limitações naturais do material. A área de tecnologia da madeira atua para investigar melhorias no processamento da madeira e derivados.

“O diferencial da área consiste na procura por soluções para uso dos recursos madeireiros e não madeireiros. Muitos estudos podem ser realizados em laboratório, em um intervalo de tempo razoável, o que facilita a interpretação de resultados e possibilita adaptações imediatas para novos testes”, afirma Larissa Stefani Martins da Silva, aluna do curso.

Segundo os responsáveis pelo curso de Engenharia Florestal, o diferencial é ser eclético, com atuação de destaque na área de produção florestal, conservação da natureza ou tecnologia da madeira. Além disso, é importante frisar que o engenheiro florestal formado pela Esalq pode atuar em propriedades rurais, empresas, indústrias de grande, médio e pequeno porte, ONGs, órgãos governamentais, comunidades quilombolas, indígenas e rurais, com atividades nas áreas de silvicultura e manejo, ecologia aplicada, tecnologia de produtos florestais.