Obter visão do potencial de mercado das tecnologias inovadoras é o objetivo do Programa de Investigação Tecnológica (PIT), que será lançado hoje, em São Paulo, na Cidade Universitária. Participam da iniciativa o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade de São Paulo (USP). As quatro instituições são referências em questões de pesquisa e desenvolvimento tecnológico no Brasil. Nos próximos dois anos, cada uma das parceiras selecionará projetos de inovação tecnológica que estejam em andamento nos seus laboratórios. A expectativa é que 120 tecnologias sejam estudadas. Todo o processo, que será conduzido com apoio de estudantes-bolsistas, será baseado na primeira experiência do PIT, realizada em Campinas em 2004, com 60 tecnologias.
“Esse novo programa será uma consolidação e um aprimoramento da primeira versão, com possibilidades de ser bastante expandido”, explica Roberto Lotufo, professor e diretor-executivo da Agência de Inovação da Unicamp (Inova), instituição que lidera a execução do programa. São objetivos do PIT, também, difundir a inovação e a importância da proteção industrial. Outro resultado esperado é fazer com que todo o processo contribua para o aumento da competência das agências de inovação ligadas à iniciativa. “É uma excelente oportunidade para aprimorar os processos internos de capacitação de recursos humanos”, explica Oswaldo Massambani, diretor da Agência USP de Inovação. Segundo ele, será possível desenvolver estudos de viabilidade técnico-econômica cada vez mais precisos: “Poderemos aplicar essa experiência em todas as tecnologias e processos elaborados por nossos pesquisadores”.
Entrevistas
Depois de treinados, os alunos responsáveis pelo andamento do programa começarão a investigar as tecnologias por meio de entrevistas com pesquisadores. A idéia inicial é mapear os diferenciais e as limitações de cada projeto. As próximas fases do estudo serão formadas pela prova de conceito da tecnologia e pela análise de mercado. No final, será feita a pesquisa de viabilidade econômica das iniciativas selecionadas, com dimensionamento tanto do mercado nacional como do internacional. Os projetos considerados com bom potencial poderão ser transferidos para a sociedade por dois caminhos: pela geração de pequenas empresas nascidas nas próprias instituições de pesquisa ou por meio de licenciamentos que serão feitos para grupos privados já constituídos.
Locais das palestras
Palestras de divulgação do programa serão ministradas hoje, na Cidade Universitária (capital)
Endereços e horários:
* IPT – Av. Prof. Almeida Prado, 535 – Prédio 1 – Edifício Adriano Marchini – 3o andar, Auditório. Das 10 às 12 horas
* Ipen – Av. Prof. Lineu Prestes, 2.242 – Prédio da Administração – Bloco A. Das 14 às 16 horas
* Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP – Anfiteatro Maria Aparecida Bourchet de Campos – Av. Prof. Lineu Prestes, 580 – Bloco 13A superior. Das 17 às 19 horas
SERVIÇO
Mais informações, no site www.inova.unicamp.br/pit-sp.
Da Agência Fapesp e site do PIT
