O Hospital Pérola Byington, da Secretaria de Estado da Saúde, é o primeiro do Brasil a “importar” modelo de reprodução humana de sucesso na Europa, especificamente na França. Há nove meses implantado na unidade, referência brasileira para atendimento a mulher, o novo protocolo acaba de resultar em estudo que mostra seu sucesso.
Utilizado no Pérola em mulheres com mais de 40 anos, o novo tratamento, chamado de ciclo minimamente estimulado, consiste em aplicar na mulher, durante o processo de fertilização, doses menores de medicamentos, sempre com a preocupação de não perder eficácia. Tradicionalmente, em protocolos convencionais, utiliza-se 30 ampolas de gonadotropina (substância para estimular a fecundação) para a mulher ovular. Já no protocolo europeu, agora no Pérola, são utilizadas de seis a oito ampolas, aproveitando-se o desenvolvimento folicular do ciclo natural da mulher.
O Pérola é o único hospital público do Brasil a oferecer tratamento para mulheres com mais de 40 anos, sempre gratuitamente. A chance de engravidar a partir desta idade é de 5%, o que foi mantido com o novo protocolo. Duas pacientes já engravidaram desde a mudança.
“Percebemos que as mulheres com mais de 40 anos mantém o índice de fertilidade mesmo com menos doses. O tratamento mantém seu sucesso”, afirma o médico Mário Cavagna, diretor da divisão de Reprodução Humana do Hospital Pérola Byington. Com isso, a Secretaria quer, a partir de agora, ampliar o acesso das mulheres de ao tratamento.
O novo protocolo foi amplamente discutido em Congresso Internacional sobre Reprodução Assistida, realizado em Londres. Seu sucesso motivou a utilização no Pérola.
O tratamento no Pérola é totalmente gratuito. Por ano são atendidas cerca de 300 mulheres. Com a novidade a Secretaria espera dobrar esse número.
Da Secretaria de Saúde