SP desenvolve projeto de navegação para Hidrovia Tietê-Paraná

Com a utilização do rio, serão retiradas 100 milhões de toneladas de cargas das rodovias

qua, 24/06/2009 - 19h00 | Do Portal do Governo

O Departamento Hidroviário, órgão vinculado à Secretaria Estadual dos Transportes, apresentou a “Proposta de Dinamização da Hidrovia Tietê – Paraná” que tem como foco o desenvolvimento da navegação na hidrovia, que possui no trecho paulista 785 quilômetros de extensão e atualmente 585 quilômetros navegáveis.

Segundo o diretor do departamento, Frederico Bussinger, a utilização da hidrovia como meio de transporte trará um ganho extremamente significativo para o Estado e à cidade de São Paulo, seja em relação ao meio ambiente, à logística de transporte, à economia e à saúde da população.

Com a utilização do rio, o Departamento Hidroviário estima que, em um prazo de 30 anos, sejam retiradas das rodovias 100 milhões de toneladas de cargas e reduzidos os acidentes nas estradas (12 mil). Para o meio ambiente, a grande vantagem será a diminuição de 16 mil toneladas de Hidrocarbonetos; 50 mil toneladas de Monóxido de Carbono e 280 mil toneladas de Óxidos de Nitrogênio, gases lançados na atmosfera que causam o efeito estufa.

Entre as obras previstas, para conclusão em 2010, estão as ampliações dos vãos de navegação das pontes da rodovia SP-333 (Pongaí e Novo Horizonte) e SP-425 (Barbosa e José Bonifácio). Estas estradas ligam os municípios de Assis, Marília, Ribeirão Preto, Presidente Prudente, Penápolis, São José do Rio Preto e Barretos. As melhorias têm o investimento previsto de R$ 49,8 milhões.

Das 17 pontes que cruzam a hidrovia Tietê-Paraná, oito já tiveram os vãos ampliados. Estas obras reduzem em até duas horas o tempo de viagem e geram uma economia de 20% nos custos de transporte.

A proposta foi demonstrada na sexta, 19, pelo diretor do departamento, Frederico Bussinger, durante a terceira reunião da Frente Parlamentar das Hidrovias, em Barra Bonita, São Paulo, que teve como tema “Transporte Hidroviário – Solução de Desenvolvimento Econômico que Respeita o Meio Ambiente”.