Projeto em Jaboticabal permite reflorestar mata ciliar

A iniciativa reduz o risco de assoreamento e aumenta o nível dos reservatórios

qui, 26/02/2009 - 11h12 | Do Portal do Governo

Projeto financiado pelo Banco Mundial e desenvolvido pelo professor Luiz Augusto do Amaral, da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV), campus de Jaboticabal da Universidade Paulista (Unesp), propiciou o investimento de R$ 300 mil para o reflorestamento da mata ciliar do Córrego Rico, responsável por 70% do abastecimento de água da cidade. A iniciativa reduz o risco de assoreamento e aumenta o nível dos reservatórios.

O córrego é afluente do Rio Mogi-Guaçu e sua bacia hidrográfica abrange os municípios de Jaboticabal, Monte Alto, Taquaritinga, Guariba e Santa Ernestina, o que totaliza área de 565 quilômetros quadrados. “Efetuamos amplo diagnóstico da área rural e também do montante de captação de água numa extensão de 72,3 quilômetros quadrados de Jaboticabal e Monte Alto, cuja influência é primordial na qualidade de abastecimento e análise de vários parâmetros na água, como metais e herbicidas”, aponta Amaral.

Os pesquisadores analisaram ainda o uso e ocupação do solo de 102 propriedades com a aplicação de um questionário sobre o impacto na disponibilidade e na qualidade do abastecimento. O conhecimento da área proporcionou a implementação de projetos de recuperação da mata ciliar do manancial, em parceria com as secretarias estaduais do Meio Ambiente e de Agricultura e Abastecimento.

A partir do levantamento de modelos de reflorestamento em 15 municípios no Estado, já foram plantadas 16.019 mudas nas áreas mais críticas ao longo do córrego. “Além da participação de estudantes de graduação e pós-graduação da Unesp no projeto, a novidade foi a participação tanto da comunidade como dos próprios produtores rurais, de alunos e professores das redes públicas municipais e estaduais”, ressalta Amaral.

As conclusões da pesquisa apontam para a implementação de ações que poderiam melhorar a qualidade ambiental da região. Entre elas, está o investimento no turismo rural, que aumenta a renda do pequeno produtor e, ao mesmo tempo, a proteção das nascentes nestas propriedades, e na agricultura de exportação, que utiliza menor quantidade de defensivos agrícolas de maior risco ambiental. As recomendações fizeram parte do Plano Diretor de Jaboticabal.

Da Agência Imprensa Oficial