Pesquisa do Procon encontra variação de até 133,78% nos preços de brinquedos

Levantamento envolveu nove estabelecimentos comericiais, distribuídos pelas cinco regiões de São Paulo

seg, 04/10/2010 - 14h00 | Do Portal do Governo

Pesquisa realizada por técnicos da Fundação Procon-SP encontrou diferenças de até 133,78% nos preços de brinquedos vendidos na Capital. A maior variação constatada pelo levantamento foi no brinquedo Fala Filhinha. Enquanto o estabelecimento Estrela Magazine, na zona leste, vendia o produto por R$ 29,90, o Carrefour Imigrantes, na zona sul, vendia a R$ 69,90 – uma diferença de R$ 40,00.

Após comparação de produtos comuns entre as pesquisas realizadas pelo Procon-SP em 2009 e 2010 constatou-se que houve, em média, acréscimo nos preços dos brinquedos de 7,13%. O Índice de Preços ao Consumidor – IPC da FIPE, referente ao período de setembro de 2009 a agosto de 2010, registrou uma variação de 4,37%.

O estabelecimento Armarinhos Fernando, no centro, foi o que apresentou a maior quantidade de produtos com menor preço (42 itens dos 48 encontrados).

Clique aqui e veja o gráfico com o número de itens, por lojas, com preços menores ou iguais aos preços médios obtidos.

A pesquisa, realizada de 15 a 17 de setembro, envolveu nove estabelecimentos comerciais, distribuídos pelas cinco regiões de São Paulo. Foram pesquisados 103 itens, mas em função do desabastecimento das lojas, estão sendo divulgados 70.

Inicialmente a amostra era composta por dez lojas, mas a loja Preço Center (situada no Shopping Metrô Santa Cruz, na região Sul) não autorizou a divulgação de seus preços. Com isso, a mostra foi reduzida para nove estabelecimentos.

Dicas para o consumidor

O Procon-SP recomenda ao consumidor, que antes de comprar o brinquedo, verifique na embalagem os seguintes dados: a faixa etária a que se destina, a identificação do fabricante, as instruções de uso e de montagem, a existência do selo de segurança INMETRO (que indica que o produto foi fabricado e comercializado de acordo com as normas técnicas em vigor, juntamente com o selo de um órgão credenciado (IQB, Falcão Bauer). Produtos importados devem apresentar as mesmas informações exigidas para os nacionais, em língua portuguesa; os brinquedos comercializados por ambulantes, embora possam apresentar menor preço, muitas vezes não possuem o selo de certificação.

Uma vez escolhido o brinquedo, é conveniente pesquisar o preço e as formas de pagamento em vários estabelecimentos, já que o mercado apresenta diferenças significativas, como as constatadas na pesquisa. Deve ser sempre considerado o custo benefício do deslocamento no caso de estabelecimentos que estão apresentando produtos mais baratos que os da sua região, bem como, a comodidade e a segurança de comprar em lojas com estacionamento ou localizadas em shoppings. Por fim, o consumidor deve sempre exigir a nota fiscal no ato da compra.

O Procon alerta que eventualmente as crianças podem precisar de cuidados médicos devido a ferimentos acidentais provocados por brinquedos. Se após o lançamento no mercado de um produto, for detectado que este pode causar risco à saúde, vida ou segurança do consumidor, o Código de Defesa do Consumidor em seu artigo 10,§ 1º, prevê o Recall (chamamento), que consiste em um conjunto de medidas que visam alertar, informar, prevenir e minimizar os danos aos consumidores. O fornecedor é obrigado a retirar o brinquedo de circulação, além de providenciar imediatamente, à escolha do consumidor, a troca ou a restituição do valor.

Clique aqui e veja a pesquisa comparativa de preços.

Da Fundação Procon