Um assentado liga para a ouvidoria do Itesp, para encaminhar uma reclamação ou fazer alguma denúncia. O ouvidor atende e registra a queixa. Até aí tudo normal, esse é o trabalho cotidiano de toda ouvidoria, criada para encaminhar as questões da relação da instituição com o cidadão. A novidade é que agora o público atendido pela Fundação Itesp conta com a ouvidoria itinerante. A novo projeto vai até o local checar as falhas apontadas pelo usuário dos serviços da Fundação Itesp.
“Trata-se de um projeto que busca integrar e estreitar laços com a comunidade, além de divulgar ações, programas e resultados dos assentamentos e das comunidades quilombolas”, afirma o ouvidor da Fundação Itesp, Carlos Alberto Feliciano. Para ele, o trabalho oferece o acesso direto do cidadão ao serviço oferecido pela instituição; as reclamações freqüentes são sobre visitas de técnicos aos assentamentos e a morosidade na transferência de lotes.
Foi mirando nesse objetivo que a ouvidoria visitou o assentamento Antonio Conselheiro, no município de Mirante do Paranapanema, na região do Pontal. Ali, os assentados criaram uma associação agropecuária, para cuidar da produção e comercialização de leite. Eles pretendiam que o Itesp patrocinasse reuniões com os assentados da região para a troca de experiências, de acordo com Cícero Simpliceo da Silva, presidente da Associação Agropecuária Vale do Paranapanema.
Na opinião do diretor executivo do Itesp, Gustavo Ungaro, o poder público deve estimular a participação popular ampliando o acesso da comunidade aos instrumentos de cidadania. “A ouvidoria itinerante é uma eficiente ferramenta de educação e conscientização da população sobre seus direitos”, afirma Ungaro.
Do Itesp
(L.F.)
