Instituto Biológico distribui produto que diagnostica tuberculose em animais

Em 2005, o IB produziu 1,4 milhão de doses de tuberculinas

qua, 30/04/2008 - 16h20 | Do Portal do Governo

O Instituto Biológico (IB), da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, ampliou a distribuição de antígenos e tuberculinas para diversos Estados brasileiros. Esses produtos são utilizados para o diagnóstico de brucelose e tuberculose em animais.

O IB atende a demanda de São Paulo e de outras unidades da federação. Recentemente, foram enviadas tuberculinas para certificação da primeira propriedade livre daquelas doenças, produtora de leite tipo A, com rebanho de 350 animais, no município de Gameleira, em Goiás.

A participação do Instituto Biológico no mercado nacional de tuberculinas saltou de 27% em 2005 para 45% em 2007, quando atingiu a produção de 1,4 milhão de doses. Também no ano passado, o instituto foi responsável por 78% do abastecimento do mercado nacional de tuberculina aviária. Com relação aos antígenos para brucelose, a participação subiu de 26% (2006) para 31% (2007).

Esse aumento deveu-se à ampliação do fornecimento para os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo e Sergipe. O governo estadual investirá neste ano, por meio do Programa Risco Sanitário Zero, R$ 600 mil na modernização da infra-estrutura e certificação laboratorial, além da ampliação da Unidade Laboratorial de Referência em Produção de Imunobiológicos. Está previsto ainda o reforço do quadro de pessoal da unidade, com a chamada de técnicos aprovados em concurso público. A previsão para 2008 é de crescimento de 10% na produção de antígenos, o que representará o processamento de 2,5 milhões de doses. 

Padrão de qualidade – Ao longo dos anos, o IB conquistou a confiança do setor agropecuário, que busca em seus produtos imunobiológicos referência e padrão de qualidade em níveis internacionais. A brucelose, zoonose ocasionada pela bactéria Brucella abortus, é a doença infectocontagiosa de maior destaque na esfera reprodutiva. Tem como principal via de contaminação a digestiva, através da água, alimentos, pastos infeccionados por abortamentos e partos de vacas e novilhas brucélicas.

Os prejuízos resultantes dessa doença para a pecuária bovina são significativos, pois os animais contagiados precisam ser sacrificados. A enfermidade pode provocar abortamento em até 80% das fêmeas de primeira cria, principalmente no terço final da gestação.

Outra doença igualmente danosa ao rebanho bovino é a tuberculose, que diminui a capacidade respiratória dos animais. O desconhecimento da gravidade da moléstia faz com que a tuberculose contamine o rebanho lentamente, até atingir alta prevalência, o que leva a perdas de até 25% da eficiência reprodutiva.