Um novo método, rápido e simples, tem ajudado o Hospital das Clínicas de São Paulo, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, a combater o melanoma, mais conhecido como câncer de pele. A técnica consiste no mapeamento panorâmico corporal, por meio de fotografias digitais de todo o corpo do paciente, com imagens em alta resolução.
Todas as pintas suspeitas são enumeradas e fotografadas por um dermatoscópio, aparelho que amplia em até dez vezes o tamanho da área lesada e, com o auxílio de filtros de luz, permite a avaliação de estruturas na profundidade da pele não visíveis a olho nu.
O exame reduziu significativamente o número de biópsias e cirurgias desnecessárias e vem possibilitando o diagnóstico de melanomas finos, difíceis de serem avaliados clinicamente. O mapeamento também tem permitido aos médicos dermatologistas detectarem outros tipos de câncer de pele, por meio de análises mais aprofundadas das imagens.
“Esta nova técnica agiliza o trabalho de identificação dos melanomas, permitindo o rápido diagnóstico, o que é fundamental para o tratamento”, afirma o dermatologista Gustavo Alonso, do HC.
A doença
O melanoma é o câncer de pele mais perigoso. Os principais fatores de risco podem ser divididos em dois grupos: constitucionais e ambientais. Os fatores constitucionais são: pele clara, olhos claros, tendência ao aparecimento de sardas, múltiplas pintas e história familiar. O fator ambiental principal é a exposição à radiação ultravioleta do sol.
Nas mulheres, este tipo de câncer costuma aparecer nas costas e pernas. Nos homens, principalmente nas costas. Normalmente, o melanoma inicia-se com uma pinta escura.
Da Secretaria Estadual da Saúde
(I.P.)