Governo do Estado intensifica política de combate ao crime organizado

Em reunião com Alckmin, secretária nacional de Justiça diz que União vai liberar para São Paulo R$ 31 milhões que estavam retidos desde o ano passado

seg, 19/02/2001 - 20h51 | Do Portal do Governo


Em reunião com Alckmin, secretária nacional de Justiça diz que União vai liberar para São Paulo R$ 31 milhões que estavam retidos desde o ano passado

O governador em exercício, Geraldo Alckmin, esteve reunido no final da tarde desta segunda-feira, dia 19, com os secretários Marco Vinicio Petrelluzzi, da Segurança Pública, e Nagashi Furukawa, da Administração Penitenciária, para receber informações sobre a rebelião de presos ocorrida em 29 estabelecimentos penais do Estado, no dia ontem. Participou da reunião a secretária nacional de Justiça, Elizabeth Sussekind, que anunciou a liberação de R$ 31 milhões do Governo Federal, ainda relativos à verba do ano passado destinada à Segurança Pública de São Paulo, e que estava bloqueada, segundo ela, por questões burocráticas. Este ano, o Estado tem direito a mais R$ 36,5 milhões.
O secretário Petrelluzzi informou que o movimento deste domingo foi uma reação à decisão do Governo do Estado, “que colocou o dedo na ferida”, referindo-se ao combate ao crime organizado dentro das penitenciárias. “Mas a política do Governo não vai mudar”, enfatizou. Ele disse que nenhuma reivindicação foi atendida. A principal delas era a volta dos presos transferidos, considerados líderes da organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). “Estamos fazendo a pulverização dessa organização”, observou o secretário, lembrando que não aconteceram fugas durante as rebeliões. Outra reivindicação era o fechamento do presídio de Taubaté.
Petrelluzzi destacou também que o episódio serviu para fortalecer ainda mais o trabalho da Polícia, que agora está melhor preparada para enfrentar outra situação semelhante. “Agimos de maneira eficaz e adequada, respeitando a vida dos presos e dos reféns”. O balanço até o momento é de 16 mortos, sendo que 12 foram assassinados pelos próprios presos.
O secretário Furukawa salientou que em momento algum foram feitas reivindicações em relação à melhoria das condições dos presídios, onde segundo ele, os detentos contam com total assistência e a maioria trabalha.
A secretária Sussekind elogiou o trabalho do governo paulista em conter o crime organizado dentro dos presídios e que isso traz conseqüências em virtude do embate que se cria. Ela disse que a Polícia está prendendo mais e melhor e por isso o número de presos é maior a cada mês. A secretária informou que medidas “radicais” estão sendo estudadas para evitar a entrada de telefones celulares e armas nos presídios.