Família mostra que reforma agrária dá certo em Promissão

Conheça a história do lavrador José Mário Garcia e de sua esposa, Fabiana

sáb, 28/07/2007 - 10h42 | Do Portal do Governo

O trabalho em conjunto do lavrador José Mário Garcia, 40 anos, e da sua esposa Fabiana Mazza Garcia, 28, no Assentamento Reunidas, no município de Promissão, mostra que a agricultura familiar proposta pela reforma agrária dá certo quando levada a sério. Apenas com a mão-de-obra dos dois e com acompanhamento do GTC (Grupo Técnico de Campo) da Fundação Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo), o casal mantém em seus oito alqueires de terra sete tipos diferente de produção.

Existe na propriedade plantação de quiabo, mandioca, café e eucalipto  e a criação de vacas leiteiras, além de aproximadamente dois mil frangos e carneiros. Os carneiros fazem parte do Programa de Diversificação da Produção, subprograma Produção de Pequenos Animais. Por este programa a Fundação Itesp fornece alguns machos e fêmeas para uma família e, de acordo com a evolução da criação, o assentado deve retornar o equivalente recebido em duas parcelas anuais assim que houver a estabilização do rebanho, conforme estabelecido no projeto técnico, ou repassar produtos da sua criação para outras famílias, de acordo com a assistência técnica na implantação e desenvolvimento das atividades.

“É um trabalho que exige dedicação diária para acordar no começo da manhã e só parar de trabalhar no fim da tarde, mas ao mesmo tempo é muito satisfatório quando vemos os resultados positivos a partir do esforço de nossa família”, declarou o lavrador.

A labuta rende para o casal um ganho de aproximadamente R$ 3 mil por mês, suficientes para manter o sustento das duas filhas, de 9 e 6 anos. De acordo com Fabiana, as meninas são incentivadas apenas a estudar para que tenham escolha no futuro de continuar a vida no assentamento ou tentar outra profissão. Normalmente ela pára de trabalhar um pouco mais cedo que o marido à tarde para dar aula às filhas. Colocada no ensino infantil, a menina mais nova foi dispensada por indicação da professora à mãe para que seja colocada no próximo ano  já na primeira série do ensino fundamental, por já estar bem alfabetizada e, portanto, à frente em conhecimento dos outros alunos.

Para o diretor-executivo do Itesp, Gustavo Ungaro, que visitou o assentamento, “o trabalho da família Garcia mostra que quando levada com dedicação e com acompanhamento técnico eficiente a reforma agrária demonstra que é a saída para o trabalho no campo”.

Do Itesp