Exposição da Pina Estação busca novo olhar sobre o conceito de arte

Com cerca de vinte trabalhos de cada artista, seleção tem como objetivo formar um panorama representativo e abrangente dessas trajetórias

seg, 30/07/2018 - 20h53 | Do Portal do Governo

O “primitivo” existe na cultura? Trazendo a produção de artistas de diferentes gerações e perspectivas a partir dos anos 60, a exposição “Mínimo, múltiplo, comum” questiona as definições de arte moderna, popular e contemporânea. A mostra na Pina Estação de arte brasileira vai até o dia 17 de setembro, no Largo General Osório, 66.

“Muitas dessas obras continuam a ser tachadas de ‘ingênuas’, ou de ‘populares’, sobretudo pelas construções espaciais estiradas, paralelas ao plano bidimensional do suporte, sem uso da perspectiva; pelas figuras sumarizadas ao essencial da representação e muitas vezes assimétricas e pelas composições descentradas e com equilíbrios tensos. Aspectos que descrevem qualidades fundamentais da pintura moderna, desde o final do século XIX, e que estão presentes, de maneira bastante diversa, em obras relevantes de artistas em atividade nos últimos 20 anos”, comenta José Augusto Ribeiro.

Seis artistas e mais de 100 obras! A curadoria da exposição selecionou criações de Amadeo Lorenzato (1900-1995), Chen Kong Fang (1931-2012), Eleonore Koch (1926), Marina Rheingantz (1983), Patricia Leite (1955) e Vânia Mignone (1967). Os trabalhos são caracterizados por figurações simples, planas e sintéticas, por vezes beirando o limite da abstração. Essas imagens reproduzem, no geral, cenas de solidão – pelo isolamento de seres e objetos ou pelos espaços vazios, sem presença humana.

Dica: você pode aproveitar a visita para conhecer o Memorial da Resistência. Trata-se de uma instituição dedicada à preservação de referências das memórias da resistência e da repressão políticas do Brasil republicano (1889 à atualidade) por meio da musealização de parte do edifício que foi sede, durante o período de 1940 a 1983, do Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo – Deops/SP Ele fica no mesmo prédio, e a entrada também é gratuita!